Desde o século IV a.C., a humanidade se intriga com as histórias de Atlântida, a lendária cidade que teria afundado no mar. E até os dias de hoje, a possível existência desse enigmático lugar segue alimentando debates e dividindo opiniões.
No entanto, uma descoberta feita por arqueólogos do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich) e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) apresentou provas indiscutíveis sobre um “mundo perdido”, embora ainda não seja Atlântida.
De acordo com a pesquisa, divulgada na revista científica Scientific Reports, foram encontradas estruturas gigantescas nas profundezas do Pacífico que podem se tratar de vestígios de uma terra antiga.
As enigmáticas formações remontam a milhões de anos e influenciam diretamente o comportamento das ondas sísmicas. Ainda assim, os especialistas apontam que pode haver explicações alternativas para sua origem.
Isso porque elas também podem ser resultado da interação entre as placas tectônicas ao longo do tempo, uma vez que, durante sua movimentação, elas colidem, se afastam ou raspam umas nas outras.
Por conta dessa atividade, a superfície do planeta é continuamente remodelada, e isso acaba resultando em formações geológicas que, muitas vezes, desafiam a lógica comum.
“Mundo perdido” será alvo de novas pesquisas
Embora já exista uma possível explicação para a origem dessas estruturas, a investigação ainda está em andamento. Afinal, os cientistas seguem em busca de um entendimento mais profundo que revele os segredos por trás da criação desse “mundo perdido”.
Na análise mais recente, o foco foi exclusivamente a velocidade das ondas sísmicas que atingem o local. Porém, a equipe planeja analisar também a composição e as características do material que formam essas estruturas.
O objetivo é empregar técnicas mais avançadas, como a inversão de onda completa, para averiguar as ondas com maior precisão. Desta forma, existe a possibilidade de compreender melhora origem e evolução deste tipo de formação ao longo de milhões de anos.