No intuito de reforçar as medidas de tratamento contra a obesidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (9) o uso de mais um medicamento.
Agora, além de ser indicado para o controle glicêmico de adultos com diabetes tipo 2, o Mounjaro (tirzepatida) terá seu uso ampliado. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.
Desta forma, pacientes com IMC igual ou superior a 30, ou com IMC a partir de 27 e ao menos uma doença associada, como hipertensão ou pré-diabetes, poderão contar com a prescrição do medicamento.
Vale destacar que foram realizados testes clínicos com o Mounjaro em milhares de pacientes, e grande parte deles conseguiu perder, em média, 22,5% do peso corporal em 72 semanas (via Campo Grande News).
Vendido no formato de caneta injetora de dose única, o medicamento pode ser encontrado em farmácias brasileiras nas concentrações de 2,5 mg e 5 mg. Entretanto, a compra do Mounjaro só poderá ser efetuada mediante apresentação de receita médica, que será retida pela farmácia.
Preço de medicamento pode ser um desafio para os pacientes
Apesar da promessa de eficácia do Mounjaro, o valor do medicamento pode acabar ficando excessivamente alto para muitos pacientes.
Os preços variam de cerca de R$ 1,4 mil a R$ 1,9 mil para doses de 2,5 mg e entre R$ 1,8 mil e R$ 2,3 mil para 5 mg, conforme a alíquota do ICMS estadual.
Até o momento, não foi confirmado se o medicamento será incluído em programas como o “Farmácia Popular”, que oferece descontos extraordinários.
Farmácias já registram falta do medicamento
Nesta terça-feira (10), diversas drogarias ao redor do Brasil registraram falta das diferentes dosagens do Mounjaro em seu estoque.
Em nota, a Eli Lilly, fabricante do medicamento, afirma que o Mounjaro “apresentou uma demanda sem precedentes”, mas que apesar de reconhecer as consequências da situação, já está trabalhando para garantir a reposição (via Folha).