A China adotou recentemente medidas rigorosas para combater um surto do vírus chikungunya (CHIKV), doença transmitida por mosquitos infectados, especialmente o Aedes aegypti.
Mais de 7.000 casos foram notificados, principalmente em Foshan, no sul do país. As autoridades implementaram tais medidas devido ao rápido aumento de casos desde julho.
As estratégias incluem o uso de redes mosquiteiras e drones para localizar criadouros dos mosquitos, vetores da doença. Além disso, ações como a aplicação de desinfetantes em grande escala e multas para quem não eliminar água parada estão em vigor.
Medidas em destaque
O governo chinês ampliou suas iniciativas com ações como multas severas para moradores que não eliminam água parada e a utilização de drones para monitorar áreas potencialmente afetadas por mosquitos.
Além de complementarem o uso intensivo de desinfetantes nas zonas urbanas, essas ações são complementadas pela introdução de “mosquitos elefantes”. Esses insetos maiores se alimentam das espécies menores que são vetores do vírus chikungunya, visando combater a proliferação de forma natural.
Desafios climáticos e implicações internacionais
Os fatores climáticos, como fortes chuvas e altas temperaturas, agravam a situação, proporcionando condições ideais para a formação de criadouros de mosquitos. O mosquito Aedes aegypti e o mosquito-tigre são os principais vetores, tornando a contenção do surto mais complexa.
O clima úmido e quente é um facilitador para a reprodução dos mosquitos, o que levou a um alerta emitido pelos Estados Unidos para evitar viagens à província chinesa de Guangdong. Países como Bolívia e comunidades no Oceano Índico também estão em alerta por riscos semelhantes.
Expectativas e perspectivas
As autoridades chinesas indicaram uma leve redução nos novos casos, mas mantém a obrigatoriedade de internação para os infectados. Os pacientes devem permanecer hospitalizados por pelo menos uma semana como precaução.
Conforme o surto é monitorado globalmente, a previsão é de que ele possa se expandir para outras regiões, dado o histórico da doença. Destaca-se que o Brasil e outros países com histórico de chikungunya também estão sob vigilância em busca de novas ocorrências.