A taxa básica de juros do Brasil, a Selic, se mantém firmemente em 15%, uma das mais altas em tempos recentes. Isso levanta um dilema crucial para muitos brasileiros: financiar uma casa agora ou esperar pela redução dos juros?
Essa escolha pode influenciar significativamente o custo total do crédito imobiliário e impactar o planejamento financeiro familiar.
Decisão estratégica: Quando financiar?
Para quem encontrou um imóvel que atenda suas necessidades de localização e preço, financiar agora pode se revelar vantajoso. Adquirindo o imóvel, o comprador transforma despesas de aluguel em investimento próprio. Além disso, uma possível renegociação futura dos juros pode aliviar o impacto financeiro em médio prazo.
Por outro lado, com a Selic elevada, as parcelas tendem a ser mais pesadas, e o custo total do financiamento pode comprometer ainda mais a renda. É uma decisão que requer avaliação cautelosa das finanças pessoais.
Esperar a queda dos juros ou agir agora?
Escolher adiar a compra até que a Selic caia pode trazer taxas de crédito menores, reduzindo as prestações do financiamento. Economistas, inclusive, preveem uma diminuição da Selic para 14,75% logo no início de 2026, oferecendo sinais de condições mais favoráveis.
Contudo, o mercado imobiliário em regiões de forte crescimento pode valorizar rapidamente, influenciado pela demanda e pela expansão urbana. Tal valorização não é universal, mas muitas áreas experimentam elevação de preços, representando uma possível perda de investimento para quem espera demais.
Dinâmica do setor imobiliário
O mercado imobiliário precisa se adaptar. Com o aumento dos custos de financiamento, as construtoras encaram desafios para manter suas operações rentáveis.
A alta dos juros afeta o ritmo de lançamentos, especialmente em empreendimentos de médio e alto padrão, levando à busca por soluções criativas na concessão de crédito.
No entanto, programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, mantêm condições de financiamento competitivo, pois utilizam recursos subsidiados do FGTS. Esse programa mitiga parte dos efeitos da alta da Selic, garantindo acesso à casa própria para famílias de baixa renda.
Perspectivas e planejamento
A escolha entre financiar agora ou esperar é complexa e depende da combinação de fatores econômicos e pessoais. O planejamento cuidadoso é essencial, avaliar o valor da entrada, a renda disponível e as expectativas econômicas do país são passos fundamentais.
As expectativas para o corte da Selic em 2026 oferecem um horizonte mais otimista. Enquanto isso, o mercado imobiliário permanece atento às políticas monetárias e às mudanças econômicas globais, influenciando suas estratégias futuras.