Quando se pensa nas principais plataformas de streaming do mercado, um dos primeiros nomes que vem à mente da maioria das pessoas certamente é a Netflix.
Até porque, além de ser a pioneira do formato, o serviço da empresa estadunidense já conta com quase 270 milhões de assinantes em todo o mundo.
Mas vale destacar que, antes de se tornar o fenômeno internacional que é hoje, a Netflix quase teve sua trajetória interrompida em 2011 por conta de uma estratégia que a fez perder milhares de assinantes na época.
Do físico ao digital: o equívoco da Netflix
Apesar de ter disponibilizado o recurso “Assistir Agora”, que permitia que os assinantes assistissem a filmes e séries diretamente em seus computadores, desde 2007, a Netflix ainda passou alguns anos operando com o aluguel de mídia física nos Estados Unidos.
Na época, os clientes pagavam US$ 10 por mês para ter acesso ao catálogo da empresa, tanto digital quanto físico. Mas em 2011, a Netflix decidiu incentivar a migração definitiva para o streaming.
Para isso, a companhia anunciou que, a partir daquele ano, não haveria mais uma mensalidade conjunta. Sendo assim, os assinantes teriam que pagar US$ 8 separadamente por cada serviço.
A decisão acabou gerando revolta e resultou não apenas na perda de mais de 800 mil assinantes, mas também em uma queda de quase 80% no valor de mercado da empresa.
A retratação da Netflix e a mudança no conteúdo
Por conta da repercussão negativa, o co-fundador e CEO da Netflix, Reed Hastings, decidiu se desculpar publicamente com o público e reverter a decisão.
A partir disso, a empresa decidiu dar início a uma transformação gradual em seus negócios, investindo na produção de conteúdo original para o streaming.
Com isso, a confiança do público foi sendo reconquistada gradualmente, e logo a companhia conseguiu se reinventar, consolidando-se no ambiente digital.
Por mais arriscada que tenha sido a estratégia original, ela ao menos serviu para fazer a Netflix repensar seus conceitos e, no processo, revolucionar a indústria do entretenimento.