A NASA anunciou em janeiro de 2020 a descoberta do exoplaneta TOI 700 d, um avanço significativo na busca por planetas potencialmente habitáveis fora do nosso sistema solar.
Localizado a 101,5 anos-luz de distância na constelação de Dorado, este planeta foi identificado pelo Telescópio Espacial de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS) através do método de trânsito. A análise subsequente confirmou sua presença, destacando-se por estar na chamada zona habitável de sua estrela.
O TOI 700 d possui um raio aproximadamente 1,19 vezes maior que o da Terra e conclui uma órbita ao redor da estrela TOI 700 em 37,4 dias. Recebe cerca de 86% da energia que a Terra recebe do Sol, o que sugere condições propícias para a presença de água líquida em sua superfície. Esses fatores tornam o TOI 700 d um forte candidato para estudos de habitabilidade.
Características do TOI 700 d
A estrela que hospeda o TOI 700 d é uma anã vermelha do tipo espectral M. Ela possui aproximadamente 40% da massa e do raio do Sol, operando com cerca de 50% da temperatura da nossa estrela.
A baixa atividade estelar observada na TOI 700, marcada pela ausência de flares, eleva as chances de o exoplaneta manter uma atmosfera estável, crucial para o desenvolvimento de condições habitáveis.
Estudos climáticos têm mostrado que, embora TOI 700 d esteja na zona habitável da sua estrela, a caracterização de sua atmosfera será um desafio devido às atuais limitações tecnológicas.
Simulações climáticas indicam que o planeta pode preservar condições temperadas sob várias composições atmosféricas, apesar das dificuldades de detecção com telescópios como o James Webb.
Implicações da descoberta
A descoberta do TOI 700 d destaca a precisão e eficácia do TESS em identificar planetas com potencial de vida.
Esse avanço reforça a capacidade de telescópios espaciais e terrestres de realizar medidas mais precisas sobre a massa de exoplanetas e suas composições atmosféricas, abrindo novas possibilidades de pesquisa para os cientistas.
Futuras missões poderão explorar de forma mais detalhada a composição química das atmosferas desses planetas, avaliando a presença de bioassinaturas que possam indicar vida extraterrestre.