O diagnóstico precoce da doença de Alzheimer pode estar prestes a passar por um novo avanço. Cientistas brasileiros, liderados pelo doutor em biotecnologia Gustavo Andrade dos Santos, estão desenvolvendo um método que utiliza a saliva para identificar precocemente essa condição.
A pesquisa, associada à Unicamp, tem investigado desde 2012 biomarcadores na saliva, que podem detectar a doença antes dos primeiros sintomas, com destaque para as proteínas tau hiperfosforiladas como principais indicadoras.
Saliva no diagnóstico de Alzheimer
A saliva, sendo facilmente coletável e indolor, vem se mostrando promissora na detecção de doenças neurodegenerativas.
Estudos indicam que a saliva compartilha cerca de 30% das proteínas presentes no sangue, facilitando o diagnóstico sem procedimentos invasivos. Este método mais acessível poderia permitir intervenções preventivas antes de sintomas como perda de memória se manifestarem.
Impacto e acesso ampliado
O impacto global desta inovação poderia ser vasto. Com o envelhecimento da população mundial, o número de casos de demência tende a crescer, com projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicando mais de 75 milhões de pessoas afetadas até 2030.
No Brasil, a implementação desse exame pelo SUS poderia democratizar o acesso ao diagnóstico precoce, melhorando a saúde pública. Países como Dinamarca e Noruega também investigam biomarcadores semelhantes.
Os resultados desse estudo sobre o uso da saliva para diagnóstico precoce da doença de Alzheimer mostram potencial para transformar a abordagem de tratamento de doenças neurológicas.
*Com informações do site G1