Apesar de o Brasil também produzir chocolates de alta qualidade, o chocolate suíço é bastante apreciado no país. No entanto, o preço costuma afastar muitos consumidores.
Isso porque a alta qualidade dos ingredientes, aliada às técnicas de produção e taxas de importação, acaba elevando o preço do produto nas prateleiras. No entanto, esse cenário pode estar prestes a mudar.
Na última quarta-feira (2), o Mercosul – bloco econômico formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – anunciou a assinatura de um acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
E o imposto zero está entre as vantagens do acordo, que permitirá que o preço do chocolate suíço seja reduzido em diversos países da América Latina.
Vale lembrar que, atualmente, o produto é taxado em aproximadamente 20% para entrar nos países do Mercosul, o que encarece seu valor final. No entanto, com o novo acordo firmado, essa diferença pode ser percebida em breve pelos consumidores.
Além do chocolate: outras mudanças promovidas pelo novo acordo do Mercosul
Além do entendimento sobre o chocolate, que viabiliza a criação de um mercado conjunto com cerca de 290 milhões de consumidores, as negociações com a EFTA ainda serviram para garantir a ampliação do mercado de carne bovina brasileira na Suíça.
A medida prevê uma cota anual de 3 mil toneladas isentas de tarifas, que um avanço expressivo frente aos volumes hoje exportados.
Já com relação aos produtos agrícolas, o acordo valoriza diversos produtos exportados por outros países do Mercosul, incluindo milho, melaço de cana, café torrado, arroz, frutas, álcool etílico, mel, entre outros.
Vale destacar que, apesar de já ter sido assinado, o acordo ainda passará por um processo jurídico e político. Contudo, de acordo com o jornal O Globo, ele deve entrar em vigor até o final de 2025.