No último dia 28 de maio, a Azul Linhas Aéreas protocolou um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, sob o Chapter 11 do U.S. Bankruptcy Code.
A medida tem como objetivo reestruturar suas dívidas e garantir a continuidade de suas operações, sem alterações imediatas para os passageiros que já possuem passagens compradas.
Segundo a companhia, esse processo de reorganização financeira não impactará as operações diárias, garantindo a manutenção dos compromissos com clientes e parceiros.
Como funciona a recuperação judicial da Azul
O pedido de recuperação judicial, conhecido como Chapter 11, permite que empresas em dificuldades financeiras reestruturem suas dívidas enquanto continuam operando.
Nesse contexto, a Azul pretende negociar a redução de mais de US$ 2 bilhões em dívidas, focando em ajustes nos contratos de leasing de aeronaves e outras obrigações financeiras essenciais.
O objetivo é fortalecer a saúde financeira da companhia, assegurando a continuidade dos serviços sem interrupções para os passageiros.
Impactos no mercado aéreo brasileiro
A decisão da Azul ocorre num momento em que outras companhias aéreas brasileiras também buscaram proteção judicial após a pandemia.
Optar pelo Capítulo 11 nos EUA, e não pela recuperação judicial no Brasil, é uma estratégia que visa condições mais favoráveis para renegociações globais de dívidas, essenciais para a operação.
Repercussão entre os passageiros da Azul
A notícia do pedido de recuperação judicial gerou preocupação entre os clientes. No entanto, a Azul assegura que manterá sua regularidade operacional.
Ajustes de rota ou reprogramações temporárias podem ocorrer, mas a prestação de serviços deve continuar inalterada.
As experiências anteriores de outras companhias aéreas no Brasil demonstram que, apesar dos desafios financeiros, os direitos dos consumidores permanecem protegidos por normas que exigem assistência e reacomodação em caso de interrupções.
O caminho da recuperação
Enquanto negocia com seus principais credores, a Azul busca reestruturar significativamente seu passivo, que ultrapassa os US$ 2 bilhões.
A empresa já assegurou um financiamento de US$ 1,6 bilhão, prometendo manter todas as operações em andamento.
A reestruturação financeira objetiva fortalecer a posição da Azul no mercado, garantindo-lhe operar com eficiência, especialmente em rotas mais rentáveis.