Em abril, uma proposta de pagamento de vale-refeição e vale-alimentação via Pix foi descartada após enfrentar resistência interna e críticas do setor de benefícios.
A ideia inicial era criar uma conta bancária específica para os depósitos, eliminando intermediários e reduzindo custos operacionais.
No entanto, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, expressou preocupações sobre o potencial desvio de finalidade dos recursos, temendo que pudessem ser usados de forma inadequada, como em jogos de azar.
Quais são as novas diretrizes para o PAT?
Com a desistência do pagamento via Pix, o governo agora foca em outras medidas para modernizar o PAT.
Entre as propostas está a redução do tempo de repasse dos valores aos lojistas, de 30 para 2 dias, e a padronização das taxas cobradas pelas empresas de benefícios, conhecidas como Merchant Discount Rate (MDR).
Atualmente, essas taxas variam entre 3,5% e 4,5%, mas há relatos de que podem ultrapassar 5%. O Ministério do Trabalho defende a fixação de um teto para o MDR entre 3% e 4%.
Como a inflação afeta o debate sobre o PAT?
A discussão sobre a modernização do PAT ganhou força em meio à alta da inflação dos alimentos, que tem pressionado o governo a buscar soluções rápidas.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 fechou em 4,83%, mas já acumula alta de 5,48% até abril de 2025, impulsionado principalmente pelos preços dos alimentos.
Com uma meta de inflação de 3% para o ano, o governo enfrenta uma pressão crescente para controlar os custos de alimentação dos trabalhadores.
*Com informações do site InfoMoney