Não é surpresa que, por conta de sua extensão, as profundezas do mar ainda escondem muitos segredos da humanidade. Contudo, mais um deles foi desvendado recentemente por conta de uma ação do exército francês.
Utilizando drones subaquáticos avançados, um pelotão da Marinha atingiu profundidades superiores a 2.500 metros no Mar Mediterrâneo, nas proximidades de Saint-Tropez, e realizou uma descoberta histórica.
Trata-se de um navio mercante do século XVI em condições excepcionais, preservado pelas condições extremas das profundezas, com aproximadamente 30 metros de comprimento. Em homenagem ao cabo próximo, a embarcação foi temporariamente nomeada de “Camarat 4”.
A descoberta francesa estabeleceu novos recordes e provocou grande entusiasmo entre historiadores e arqueólogos em todo o mundo, privilegiando o país na vanguarda da exploração arqueológica em águas profundas.
Ainda mais considerando o excepcional estágio de preservação da embarcação, protegida dos processos de degradação por conta das baixas temperaturas, mínimas correntes de água e ausência de luz.
Vale destacar que, além do navio, foram encontrados cerâmicas, pratos, âncoras, seis canhões e duas grandes panelas, oferecendo assim uma visão única sobre o comércio marítimo do século XVI.
Descoberta francesa foi feita por acidente
Originalmente, o drone de reconhecimento que encontrou o “Camarat 4” foi enviado pelo exército francês para monitorar recursos marinhos profundos, como minerais e cabos de internet.
Contudo, durante a patrulha, o local onde o navio está acabou sendo encontrado. E para aprofundar as investigações, a expedição utilizou um Veículo Operado Remotamente (ROV) para capturar imagens de alta qualidade, revelando os destroços.
Mesmo quebrando recordes, descoberta francesa não é a mais profunda do mundo
Apesar de representar um importante marco para a França, o “Camarat 4” ainda permanece atrás do USS Samuel B. Roberts, contratorpedeiro que foi afundado na Batalha do Golfo de Leyte em 1944.
Descoberta em junho de 2022 pelo explorador Victor Vescovo, a embarcação repousa a 6.895 metros no Mar das Filipinas, superando a profundidade do “Camarat 4” em mais de 2,5 vezes.