Famoso por suas praias paradisíacas, o litoral de São Paulo é conhecido como um verdadeiro centro do surf, atraindo muitas pessoas que buscam curtir um dia de sol ou praticar esportes.
Entretanto, na última quinta-feira (21), a região se tornou palco de um evento que espantou a população, e afetou principalmente o município de Praia Grande, localizado na Região Metropolitana da Baixada Santista.
Na ocasião, o recuo acentuado da maré aumentou a faixa de areia, e isso acabou fazendo com que muitas pessoas acreditassem que o mar estava secando.
Inclusive, em um vídeo sobre o fenômeno, compartilhado através das redes sociais, muitos internautas manifestaram sua preocupação, equiparando o ocorrido a outros eventos recentes que afetaram o município, como temporais e enchentes.
Contudo, mesmo gerando apreensão, a baixa da maré é considerada normal por especialistas e, a princípio, não representa risco de eventos catastróficos como tsunamis, como vinha sendo especulado por muitas pessoas.
Maré baixa: entenda o fenômeno que afetou o litoral paulista
Embora a maré baixa possa causar preocupação, vale lembrar que o fenômeno é natural, influenciado pela rotação da Terra, pela gravidade da Lua e também pelas características da praia.
Afinal, o formato da costa e a profundidade do mar a extensão podem aumentar o tamanho da faixa de areia revelada pela maré baixa. E locais com um maior desnível entre as marés estão mais propensos a protagonizar estes fenômenos.
De acordo com a oceanógrafa Regina Souza, que atua no Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Unisanta (NPH-Unisanta) e foi entrevistada pelo portal Diário do Litoral, o fenômeno ocorrido em Praia Grande não só foi algo totalmente normal, como nem mesmo figurou entre as variações mais surpreendentes do ano.
“Embora a maré de hoje tenha sido negativa, ela não foi a mais baixa do ano. Em junho, por exemplo, ocorreram duas marés ainda mais negativas do que a de hoje”, explicou Regina.