Um achado intrigante do rover Curiosity, da NASA, intensificou a discussão científica sobre a habitabilidade de Marte.
Em julho, o rover detectou uma formação rochosa na cratera Gale que se assemelha a um coral terrestre. A descoberta é significativa porque sugere que Marte, no seu passado, abrigava água líquida em sua superfície.
Implicações do novo achado
Este achado potencialmente monumental oferece novas pistas sobre a história geológica do planeta vermelho e aponta para condições passadas que podem ter favorecido a presença de vida.
A rocha, apelidada de “Paposo”, mede cerca de 2,5 cm e apresentou características que lembram corais terrestres, acendendo discussões sobre a formação da estrutura e sobre o que isso revela sobre a história de Marte.
A NASA identificou que a formação aparentemente resultou da erosão causada por ventos fortes, um fenômeno comum no ambiente marciano.

Significado geológico do coral marciano
A semelhança da formação rochosa com corais terrestres levanta a hipótese de que a água em Marte carregava minerais dissolvidos.
Esses minerais podem ter se infiltrado em fissuras rochosas e, com a evaporação da água, formaram estruturas resistentes ao longo de bilhões de anos. Esse processo de mineralização é comparável ao que ocorre na Terra, oferecendo insights sobre o ambiente marciano.
Curiosity e as descobertas orgânicas
Além do coral, o Curiosity também identificou moléculas orgânicas na cratera Gale, incluindo decano e dodecano. Essas moléculas, conhecidas por serem componentes de membranas celulares na Terra, levantam a intrigante possibilidade de uma bioassinatura marciana.
Embora esses compostos também possam se formar via processos geológicos, sua presença reforça a teoria de que Marte pode ter sido habitável.
O Curiosity foi lançado em 2011 e chegou a Marte em 2012, desempenhando um papel fundamental na coleta de dados geológicos. Recentemente, várias melhorias foram aplicadas para otimizar sua operação.
As descobertas realizadas até agora expandem o conhecimento sobre Marte e motivam a continuidade das buscas por sinais de habitabilidade. O foco permanece na análise detalhada das amostras coletadas e na esperança de que missões futuras possam trazer resultados ainda mais conclusivos.