Uma investigação científica recente na Alemanha e Suíça, com mais de 460 mil participantes, buscou identificar quando atingimos o auge da felicidade ao longo da vida.
As análises indicam que a felicidade não segue um padrão linear, sendo influenciada por múltiplos aspectos ao longo dos anos. Este estudo teve como foco a satisfação com a vida e os estados emocionais dos indivíduos.
Redescoberta da felicidade após os 60
A pesquisa revelou que os estados emocionais positivos caem continuamente dos 9 aos 94 anos. Já os negativos se estabilizam por volta dos 22 anos, diminuem até os 60 anos, e voltam a crescer após essa idade. Essa fase da vida resgata uma sensação de alívio, marcada por menos pressões econômicas e mais liberdade para relações pessoais.
Isso reflete a variabilidade da percepção de bem-estar ao longo da vida, moldada por circunstâncias sociais, econômicas e pessoais. As responsabilidades diminuídas no trabalho e a possibilidade de novas experiências contribuem para esse aumento de bem-estar.
Curva em U da felicidade
O conceito de uma curva de felicidade em U ao longo da vida ganhou força nas últimas décadas. Esse gráfico é modulado por fatores econômicos e psicológicos. Inicia-se com uma sensação de declínio durante a vida adulta devido ao trabalho intenso e à busca por estabilidade financeira. No entanto, a felicidade mostra recuperação após os 50 anos.
Experiências, mais do que bens materiais, são vistas como fontes de memórias duradouras e satisfação. Relacionamentos sociais positivos também são fundamentais para sustentar essa felicidade.
Relações sociais: Alicerce da felicidade
Diversos estudos evidenciam que laços emocionais fortes são cruciais para um bem-estar contínuo. Pessoas com vínculos saudáveis tendem a viver mais felizes, superando limitações de classe social ou saúde.
Mesmo na idade avançada, esses relacionamentos protegem contra declínios emocionais e insatisfações profundas. Compreender cedo a importância das relações humanas permite que as pessoas invistam em conexões emocionais, colhendo frutos ao longo dos anos.
As descobertas indicam que a fase além dos 60 anos oferece um potencial de renovação emocional e satisfação, questionando a ideia de um inevitável declínio na velhice.