Pesquisadores do Scripps Research Institute, na Califórnia, desenvolveram uma nova forma do ácido carnósico, composto natural encontrado no alecrim e na sálvia.
Chamado diAcCA, esse composto estável foi testado em camundongos geneticamente modificados para simular o Alzheimer, apresentando resultados promissores e gerando expectativas para futuros tratamentos mais eficazes contra a doença.
Resultados dos testes
A motivação da pesquisa decorre da busca por alternativas naturais e eficazes no tratamento dessa condição neurodegenerativa.
Os ensaios mostraram que o diAcCA melhorou a memória e aumentou a densidade sináptica. Além disso, o composto reduziu a inflamação cerebral e ajudou a eliminar proteínas tóxicas como a beta-amiloide, frequentemente associadas ao Alzheimer.
A absorção eficiente do diAcCA pelo corpo sugere que ele pode ser uma alternativa interessante aos tratamentos convencionais, que atualmente apenas atenuam os sintomas sem interromper a progressão da doença.
Alecrim e sálvia além da culinária
Além de populares na culinária, o alecrim e a sálvia são valiosos devido aos seus compostos bioativos. O ácido rosmarínico e o cineol, presentes nessas ervas, potencializam suas propriedades terapêuticas.
Esses compostos favorecem a circulação cerebral e protegem os neurônios contra danos oxidativos, fundamentais tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças como Alzheimer.
Os fitoquímicos do alecrim e sálvia atuam no sistema nervoso central, melhorando funções cognitivas e a memória. Pesquisas indicam que essas ervas podem reduzir a ansiedade e combater o estresse, ampliando seus benefícios à saúde.
Benefícios potenciais do ácido carnósico
O ácido carnósico é conhecido por suas propriedades neuroprotetoras. A nova formulação diAcCA permite que o composto alcance rapidamente níveis terapêuticos no cérebro após a administração. Além de suas ações no Alzheimer, o ácido também mostrou potencial em influenciar positivamente outras condições inflamatórias.
Apesar das evidências promissoras, o ácido carnósico demonstrou possíveis efeitos hepatotóxicos, destacando a necessidade de mais investigações para garantir sua segurança como tratamento com humanos. A etapa seguinte é essencial para determinar se esse composto pode integrar-se ao rol de tratamentos coadjuvantes para o Alzheimer.