União Europeia faz exigência para suspender sanções contra a Rússia
Bloco europeu condiciona derrubada das sanções à retirada de tropas russas da Ucrânia

A União Europeia determinou que a retirada "incondicional"das forças russas do território ucraniano seria uma das condições para suspender sanções contra a Rússia.
" A retirada incondicional das forças militares russas de todas as partes da Ucrânia seria uma das principais condições prévias para alterar ou suspender as sanções", disse um porta-voz à AFP, no dia seguinte ao anúncio de um cessar-fogo no Mar Negro entre Ucrânia e a Rússia.
O Kremlin condicionou a assinatura do acordo à derrubada das sanções impostas pelos americanos e União Europeia contra o setor agrícola.
Do lado americano, houve a confirmação de que haverá ajuda para reinserir os russos no mercado mundial de exportações agrícolas e fertilizantes.
Além disso, a Casa Branca anunciou a redução os custos do seguro marítimo.
Até hoje, o bloco europeu não havia se manifestado sobre a flexibilização das sanções.
Punições
Desde 2022, a União Europeia adotou 16 pacotes de sanções econômicas contra os russos.
Ao todo, foram congelados ativos estatais russos no valor de US$ 250 bilhões.
Os juros gerados pelos fundos estão sendo usados para apoiar o exército ucraniano frente à invasão russa.
Guerra continua
A nova exigência da russa é uma forma de ganhar mais tempo e prolongar a invasão.
Enquanto os EUA fazem concessões favoráveis a Rússia, o exército segue avançando nos campos de batalha.
"O acordo não impede a Rússia de continuar a guerra. Os ataques contra as instalações militares vão continuar. Isso significa que, na prática, a guerra continua", afirma o analista militar Ricardo Cabral, do site História Militar em Debate.
Desconfiança
O governo ucraniano vê o acordo com ceticismo, apesar de tê-lo assinado.
Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a exigência russa sobre as exportações agrícolas demonstra que "eles já estão tentando distorcer os acordos".
Além disso, Kiev acredita que o acordo sobre o Mar Negro não deveria permitir a Marinha da Rússia retornar ao oeste do Mar Negro, área estratégica para as exportação ucranianas.
A Casa Branca informou que os Estados Unidos ajudarão a concretizar a troca de prisioneiros de guerra e a libertação de civis e crianças ucranianas presas em moscou.
Não ficou claro se o novo acordo protegeria os portos ucranianos de ataques russos e nem se permitiram a reabertura dos portos de Mykolaiv e Kherson, uma exigência ucraniana.
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Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2025-03-27 16:41:39Vá ver relembraram a ocupação da Europa pelos nazistas e de países do leste europeu pela antiga URSS que gerou a Cortina de Ferro detonada cinquenta anos depois ... não brinquem com fogo.
F-35- Hellfire
2025-03-26 15:58:54Por que será que Trump pega tão leve com Putim? Vergonhoso!