PT pede cassação de Gayer após ele chamar Gleisi de "cafetina"
Na representação, o PT cita o comentário feito por Gayer no X – antigo Twitter – no qual ele fez alusão a um ‘trisal’ com Davi Alcolumbre

O PT ingressou nesta sexta-feira, 14, com uma representação no Conselho de Ética da Câmara pedindo a cassação de mandato do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) após ele chamar a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, de ‘cafetina’ em posts nas redes sociais e no plenário da Câmara.
Na representação, o PT também cita o comentário feito por Gayer no X – antigo Twitter – no qual ele fez alusão a um ‘trisal’ envolvendo Gleisi, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Segundo o PT, o parlamentar cometeu crimes como calúnia, difamação e violência política de gênero.
“Claramente não se vislumbra exercício de livre manifestação do pensamento, de postagens aleatórias simplesmente jocosas. As condutas aqui descritas se revestem de abomináveis agressões à honra de representantes dos Poderes do Estado Brasileiro, nas variadas instancias representativas dos Poderes”, afirma a representação da Executiva Nacional do PT.
“Escárnio das postagens"
“O escárnio das postagens também está associada à violência política de gênero. Atitudes como esta, demonstrativas de desrespeito, misoginia e agressividade, não podem ficar impunes e contaminar o bom ambiente de diálogo e transparência construído ao longo de décadas pelas mulheres parlamentares da Câmara Federal”, acrescenta o partido.
“Os ataques e os crimes que foram perpetrados pelo Representado contra colegas Deputado e Deputada, Senador e Presidente da República, são expressamente enquadrados em conduta antiética, afrontam os ditames constitucionais, ensejando punição que a imunidade parlamentar não alcança”, pontuam ainda os petistas.
Após as declarações nas redes sociais sobre um ‘trisal’, Gustavo Gayer recuou e disse que “não queria ofender”. Ele deu essa declaração após o presidente do Senado ter ameaçado ingressar no Conselho de Ética contra o parlamentar.
"Ressalto que minha intenção era apenas denunciar e escancarar a hipocrisia da esquerda quando se trata da defesa das mulheres, e jamais quis ofender ou depreciar o presidente do Senado Davi Alcolumbre. Caso o presidente Alcolumbre tenha se sentido ofendido, quero deixar bem claro que minhas críticas não se referiam a ele, mas sim ao Chefe do Poder Executivo em razão de sua atitude desrespeitosa para com uma de suas Ministras", escreveu no X.
Segundo o parlamentar, a intenção dele na publicação era "denunciar e escancarar a hipocrisia da esquerda quando se trata das mulheres", na qual disse ter exercido o direito à liberdade de expressão.
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