"Não há dúvidas de quem ganhou", diz Noboa, reeleito no Equador
Derrotada, a candidata da esquerda Luisa González não reconheceu o resultado do segundo turno

O presidente equatoriano Daniel Noboa derrotou a opositora Luisa González, candidata do ex-presidente Rafael Correa, no segundo turno das eleições realizadas no domingo, 13, e foi reeleito presidente do Equador por mais quatro anos.
Com mais de 94% dos votos apurados, dados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral do Equador mostraram que o atual presidente recebeu 56% dos votos válidos, ante 44% da representante da esquerda.
Ao declarar a vitória de Noboa, a presidente do CNE equatoriano, Diana Atamaint, disse que os resultados mostram uma "tendência irreversível" a favor de Noboa.
"Nossos sinceros parabéns àqueles que conquistaram a confiança do povo equatoriano", acrescentou.
"Esta vitória foi histórica, uma vitória de mais de 10 pontos", disse o presidente equatoriano à imprensa.
Candidata da esquerda não reconhece a derrota
Derrotada, a candidata de Rafael Correa questionou o resultado do segundo turno presidencial, afirmando que não reconhecerá a votação até que a apuração seja revista.
"Vamos pedir recontagem e a reabertura das urnas. Testemunhamos como o abuso de poder nunca cessou, usando o Conselho Nacional Eleitoral para fazer o que bem entende e atropelar a democracia", disse Luisa González a apoiadores.
Noboa rebateu:
"Não há dúvidas de quem ganhou a eleição."
A presidente do CNE afirmou que é preciso "rejeitar firmemente a narrativa de fraude".
"As acusações infundadas não só prejudicam esta instituição, mas também a confiança na nossa própria democracia", continuou Atamaint.
Nas pesquisas de opinião que antecederam a eleição equatoriana, Noboa e González estavam tecnicamente empatados.
Estado de emergência
O governo do Equador decretou no sábado, 12, estado de emergência em sete das 24 províncias do país, além da capital Quito e do sistema penitenciário nacional.
A decisão foi adotada para conter a escalada da violência atribuída a grupos ligados ao narcotráfico.
O decreto, assinado pelo presidente Daniel Noboa, permanecerá em vigor por 60 dias, autorizando a atuação das Forças Armadas nas ruas, impondo toque de recolher noturno e restringindo direitos, como a inviolabilidade do domicílio, da correspondência e a liberdade de reunião.
A circulação de pessoas no Equador está restringida entre 22h e 5h (meia-noite às 7h em Brasília) em diversas regiões.
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
2025-04-14 09:13:48Não acompanhei nada sobre o processo eleitoral do Equador, mas imagino que seja melhor um presidente da Direita. América Latina já está cheia de esquerdistas de discurso ultrapassado. Enfim, vamos aguardar os próximos capítulos.