MP da França pede prisão de Sarkozy
Ex-presidente é acusado de receber financiamento ilegal de campanha do ex-ditador da Líbia Muammar Kadafi

O Ministério Público da França solicitou a prisão do ex-presidente Nicolas Sarkozy nesta quinta, 27.
Ele é acusado de receber recursos ilícitos do ex-ditador líbio Muammar Kadafi para financiar parte de sua campanha eleitoral de 2007.
Dias após tomar posse, Sarkozy recebeu Kadafi em Paris para um encontro oficial. O próprio ditador comentou:
"Graças a eles que ele chegou à Presidência", afirmou Kadafi.
Julgamento
Em 2011, uma agência de notícias revelou que o ditador teria contribuído para levar Sarkozy ao Palácio do Eliseu.
A proximidade de Sarkozy, contudo, transformou-se em divergência.
O ex-chefe da França foi um dos líderes ocidentais que defenderam a intervenção na Líbia, que levou à queda de Kadafi.
Em abril deste ano, a justiça francesa iniciou o julgamento de Sarkozy.
O ex-presidente responde por corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha, associação criminosa e desvio de dinheiro público.
Os promotores pedem pena de sete anos de prisão, além da suspensão de seus direitos civis e familiares por cinco anos.
"Pacto de corrupção faustiano com um dos ditadores mais desonrosos, cuja loucura assassina causou a morte de centenas de pessoas”, diz trecho do documento.
Valores
De acordo com o jornal Mediapart, um documento comprovaria o financiamento de pelo menos R$ 309 milhões à campanha de Sarkozy.
O ex-presidente declarou oficialmente apenas R$ 123 milhões.
Um primo de Kadafi disse à Associated Press que o processo contra Sarkozy "era uma punição de Deus".
Ele se referia à mudança de postura do ex-presidente francês apoiando a intervenção na Líbia.
Sarkozy nega
Em publicação no X, Sarkozy acusou o Ministério Público Nacional Financeiro (PNF, sigla em francês) de tentar culpá-lo há 13 anos.
"Continuarei, portanto, a lutar com unhas e dentes e a acreditar na sabedoria do tribunal. No final, resta a falsidade e a violência das acusações e o excesso da pena pedida que apenas visam mascarar a fragilidade das alegadas acusações. Por fim, quero dizer enfaticamente que aquele que é vítima de injustiça é menos digno de pena do que aquele que a comete. O primeiro defende a verdade. O segundo desrespeita isso. Perante o tribunal da história, o lugar reservado a estes últimos não é dos mais invejáveis. Deixo isso para meus acusadores", escreveu.
Além do ex-presidente, o processo tem mais 11 réus, entre os quais dois ex-ministros.
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2025-03-27 16:33:40Viiiiixe agora entendo porque a sra. Ibanja a Maria Antonieta do chiqueiro Brazyllis foi fazer em Paris ... foi ser cuidadora do cara e experiência tem de sobra ... se liga Mané !!!