As principais preocupações de Lula, segundo o mercado
Para 99% dos ouvidos pela pesquisa Genial/Quaest, o presidente governa tendo a própria popularidade como principal preocupação

Para quem olha o governo Lula a partir da perspectiva do mercado financeiro, a principal preocupação do presidente hoje é sua própria popularidade.
Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 19, 99% dos agentes de mercado apontaram "Popularidade do presidente Lula" quando questionados sobre com o que o governo está preocupado no momento.
O segundo item mais mencionado, por 80%, é a taxa de juros, seguido por alta do dólar (78%), controle da inflação (70%) e relação com o Congresso Nacional (61%).
Já o equilíbrio fiscal é apontado como preocupação do governo por apenas 10% dos consultados, o que explica a queda da confiança na capacidade do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de influenciar os rumos da gestão Lula.
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Ladeira abaixo
A pesquisa indica que a política econômica do país está indo na direção errada para 93% dos consultados, e que a avaliação sobre o governo Lula é negativa para 88%.
Lula é indicado por 92% como o principal responsável pela direção que a política econômica do país está tomando. Além disso, para 58% o Brasil corre risco de entrar em recessão neste ano, e 82% apostam que a inflação de 2025 será maior que a de 2024.
A pesquisa ouviu 106 dos maiores agentes do mercado financeiro em São Paulo e Rio de Janeiro de 12 a 17 de março. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais.
Para 64% desses agentes do mercado, Lula está certo ao identificar a alta nos preços dos alimentos como o principal motivo para sua perda de popularidade.
Contra intervenção
Apesar disso, 74% consideram que o governo não deve tentar intervir na economia para reduzir a inflação de forma artificial.
E 90% consideram que a redução de taxas de importação para alguns alimentos não vai ter a capacidade de reduzir preços no país.
Para 56%, a queda da popularidade do petista é resultado de "equívocos na política econômica".
O item "aumento dos impostos" foi selecionado como "muito importante" para a queda de aprovação por 41%, seguido por "violência urbana e insegurança" (26%), "erros de comunicação" (26%) e "não entregar o que prometeu" (11%).
Agenda do governo
Os agentes do mercado também identificaram uma piora nas perspectivas do governo de aprovar suas pautas no Congresso Nacional. Até dezembro, 39% consideravam essa capacidade baixa. Agora, após a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) assumir a articulação política, são 58%.
A indicação de Gleisi para comandar a Secretaria de Relações Institucionais foi considerada um erro pot 90% dos ouvidos pela pesquisa.
Além disso, 98% disseram que a reforma ministerial, que por enquanto conta apenas com a troca de Alexandre Padilha por Gleisi e de Nísia Trindade por Padilha no Ministério da Saúde, não vai resolver os problemas de governabilidade de Lula.
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2025-03-19 11:01:38LUIS XVI NÃO GOVERNA NEM A ANTONIETA ..... acabou o desgoverno das facções do PT com Centrão e o trem sem maquinista trafega ao sabor da tempestade, os movimentos da ditadura deixam claro o golpe em sua última fase e com um líder insano, insano e vingativo que sequer controla a mulher que humilha a nação estupefata e de forma cínica imputa a outros seus graves crimes contra seu povo e massacrando adversários com o líder a caminho claro da cadeia e em vez da saída institucional civilizada e menos traumática resta o duro contra golpe que estejam certos virá fatal, duro, cruel, sangrento e esperem aqui desta vez mais mortos que os 30mil argentinos sacrificados no combate da ditadura comuno-fascista aqui ampliada com a participação do crime organizado ... e quem sobreviver chorará !!!