Zambelli diz que não agiu a mando de Bolsonaro ao oferecer STF a Moro
A deputada federal Carla Zambelli, do PSL, afirmou em depoimento nesta quarta-feira, 13, à Polícia Federal que não agiu a pedido de Jair Bolsonaro quando sugeriu que o ex-ministro Sergio Moro aceitasse o nome de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da PF e fosse "para o STF em novembro". No dia 23 de abril, quando...
A deputada federal Carla Zambelli, do PSL, afirmou em depoimento nesta quarta-feira, 13, à Polícia Federal que não agiu a pedido de Jair Bolsonaro quando sugeriu que o ex-ministro Sergio Moro aceitasse o nome de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da PF e fosse "para o STF em novembro".
No dia 23 de abril, quando deixou o cargo e acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na Polícia Federal, o ex-ministro Sergio Moro também exibiu uma troca de mensagens com a deputada Carla Zambelli. Na conversa via WhatsApp, ela lhe oferecia a vaga na corte, em troca de um acordo com Jair Bolsonaro em torno da indicação de Ramagem à direção da PF. Moro respondeu: "Prezada, não estou à venda".
Zambelli afirmou no depoimento que não havia tratado do tema com o presidente, mas que trabalharia "junto" a Jair Bolsonaro para que Moro ocupasse a vaga que ficaria aberta em novembro, a partir da aposentadoria do decano do STF, Celso de Mello.
Zambelli também diz que agiu sozinha ao questionar Moro sobre inquéritos envolvendo parlamentares bolsonaristas que tramitam no STF. Segundo ela, a pergunta foi feita por "não ter notícias de outras operações deflagradas" recentemente. A deputada ainda afirma que tentou emplacar o nome da delegada Érika Marena, que atuou na Lava Jato, na vaga de Valeixo, mas mudou de ideia e passou a defender Alexandre Ramagem "em razão de o nome de Ramagem já figurar na imprensa como possível sucessor".
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