Weintraub abre negociação com Centrão sobre o Enem para se opor a Maia e UNE
O ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto), resolveu abrir nesta quarta-feira, 20, negociação direta com lideranças do Centrão sobre um possível adiamento do Enem. Segundo aliados de Weintraub, com o movimento, ele tenta se opor ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e à União Nacional dos Estudantes, a UNE. Na manhã de hoje, Weintraub ligou...
O ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto), resolveu abrir nesta quarta-feira, 20, negociação direta com lideranças do Centrão sobre um possível adiamento do Enem. Segundo aliados de Weintraub, com o movimento, ele tenta se opor ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e à União Nacional dos Estudantes, a UNE.
Na manhã de hoje, Weintraub ligou para vários líderes de partidos do grupo para tentar impedir a votação do projeto de lei que prevê o adiamento da realização das provas até o fim do ano letivo nas escolas. A proposta foi aprovada nesta terça-feira, 19, no Senado, por 75 votos a 1, e conta com o apoio de Maia e de represantes da UNE.
A interlocutores, o ministro diz que o projeto abre margem para o Enem ser adiado por tempo indeterminado. Para que isso ocorra, bastaria, por exemplo, que governadores da oposição determinassem que o ano letivo só seja concluído em 2021. Para evitar isso, Weintraub pediu ao Centrão que defenda o adiamento das provas em 30 ou 60 dias, garantindo a realização até o início de 2021.
A proposta do titular da Educação é que o prazo exato do adiamento seja definido pelos próprios inscritos para a prova. Caso o acordo com o Centrão seja fechado, a ideia é que o MEC abra uma votação na página individual a que cada participante tem acesso. Essa votação ocorreria em junho. Pelo cronograma em vigor, as provas presenciais do Enem serão realizadas em 1º e 8 de novembro.
Segundo aliados, Weintraub busca com a negociação não ser derrotado diretamente pelo Congresso. Interlocutores lembram que o ministro é contrário a qualquer adiamento da aplicação do exame, mas avalia que sairá "menos fraco" ao ser "derrotado" por uma decisão dos próprios estudantes do que se a derrota for patrocinada por Maia, com apoio da UNE.
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