Vinte anos após evangélicos, católicos se organizam no Congresso
Uma resolução do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), instituiu a Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana na Casa. A medida havia sido aprovada discretamente no Plenário da Casa em meados de julho, quase 20 anos após de os evangélicos terem criado sua própria frente e revolucionado a maneira de fazer política no país. A proposta...
Uma resolução do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), instituiu a Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana na Casa. A medida havia sido aprovada discretamente no Plenário da Casa em meados de julho, quase 20 anos após de os evangélicos terem criado sua própria frente e revolucionado a maneira de fazer política no país.
A proposta da Frente Católica é do senador astronauta Marcos Pontes (PL-SP). O parlamentar bolsonarista lembrou, ao justificar a criação do grupo, que o Brasil ainda é o país com o maior número de católicos em todo o mundo.
"A Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana objetiva reunir lideranças e parlamentares que comungam dos princípios basilares da fé católica, bem como representar e defender os interesses da significativa parcela da população brasileira que com ela se identifica, garantindo que suas perspectivas e valores sejam considerados nas discussões legislativas", escreveu o parlamentar.
A relatora do texto foi a senadora Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO). Ela também defendeu a criação da frente como uma alternativa de diálogo inter-religioso, assim como uma frente de defesa da liberdade religiosa, "princípios essenciais para a harmonia e a coesão social".
Marcos Pontes e Dorinha Seabra Rezende devem ser os primeiros signatários da frente. Hoje, no entanto, é a frente evangélica quem dita as regras de como uma frente opera no Congresso: fundada em 2005 (mas com raízes traçando até a Constituinte, em 1986), hoje ela congrega 204 deputados federais, sendo 79 evangélicos, 75 católicos e os outros 50 de vinculação não identificada, de outra religião ou até mesmo sem religião. O levantamento é de uma plataforma de estudos sobre o tema.
Além de alçar nomes ao estrelato, como Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara pelo então PMDB, e o deputado Marco Feliciano (PL-SP), a frente parlamentar evangélica promoveu uma unidade a um grupo suprapartidário de parlamentares de viés quase sempre conservador sobre diversos temas, do aborto à apostas em jogos. Hoje, esta é uma das três bancadas principais da casa — junto às da agropecuária e da segurança pública, forma o que se conhece como "Bancada do BBB" (boi, bala e bíblia).
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Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2024-08-16 11:22:38E ambos falsos cristãos por sua mediocridade e oportunismo recrucificam o filho de Zeus . e haja "milagre" emendado no orçamento da viúva pago pelos manés ... please don't censor the truth.
Magda
2024-08-16 04:56:16Essa gente que rouba, insulta, ma.ta ou manda ma.tar (a pastora q mandou ma.tar o marido, os deputados q mandaram ma.tar Marielle e muitos outros casos), todos enchem a boca pra falar de religião e andam com a bíblia debaixo do braço. Eu, atéia convicta, fico até com vergonha apesar de religião não ser a minha praia.