Vice de Rubio fala em "uso da lei como arma política"
Manifestações de diversos membros do Departamento de Estado não deixam muitas dúvidas sobre novas medidas americanas

O vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, publicou na quinta, 11, uma mensagem criticando a condenação de Jair Bolsonaro e mais sete réus na trama golpista.
"Os Estados Unidos condenam o uso da lei como arma política. Como advogado, diplomata e amigo do Brasil , dói-me ver o juiz [Alexandre de] Moraes devastando o Estado de Direito naquele país e levando as relações entre nossas duas grandes nações ao seu ponto mais sombrio em dois séculos. Enquanto o Brasil deixar o destino de nosso relacionamento nas mãos do juiz Moraes, não vejo solução para esta crise", escreveu.
Landau escreveu seus comentários comentando uma nota de Rubio, publicada algumas horas antes:
"As perseguições políticas do violador de direitos humanos sob sanções Alexandre de Moraes continuam, já que ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão adequadamente a essa caça às bruxas", escreveu Rubio.
Nesta sexta, 12, subsecretário da diplomacia pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, afirmou: "Ontem, quatro dos cinco ministros do Supremo Tribunal Federal votaram pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão. Esta decisão representa um novo marco fatídico no complexo de censura e perseguição do juiz Moraes, violador de direitos humanos sob sanções, contra Bolsonaro e seus apoiadores. Levamos esse acontecimento sombrio com a maior seriedade".
Medidas cabíveis
Na segunda, 8, dia em que teve início o julgamento, Beattie tinha prometido tomar medidas cabíveis caso Bolsonaro fosse condenado.
“Ontem marcou o 203º Dia da Independência do Brasil. Foi um lembrete do nosso compromisso de apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores da liberdade e da justiça. Em nome do ministro Alexandre de Moraes e dos indivíduos cujos abusos de autoridade minaram essas liberdades fundamentais, continuaremos a tomar as medidas cabíveis", escreveu.
As manifestações de diversos membros do Departamento de Estado não deixam muitas dúvidas sobre novas medidas americanas, que no final de julho impuseram um tarifaço a produtos brasileiros e decretaram a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)