Venezuela terá eleições regionais com favorecimento aos candidatos oficiais
A Venezuela terá eleições para cargos legislativos e executivos nos estados e municípios neste domingo, 21. Para estas eleições, a ditadura de Nicolás Maduro fez algumas concessões marginais para tentar reduzir algumas sanções internacionais impostas contra o regime. Com isso, é possível que a oposição consiga vencer em entre dois e nove governos estaduais, de um...
A Venezuela terá eleições para cargos legislativos e executivos nos estados e municípios neste domingo, 21.
Para estas eleições, a ditadura de Nicolás Maduro fez algumas concessões marginais para tentar reduzir algumas sanções internacionais impostas contra o regime. Com isso, é possível que a oposição consiga vencer em entre dois e nove governos estaduais, de um total de 23.
Segundo a ONG Observatório Eleitoral Venezuelano, o sistema eletrônico (foto) foi submetido a auditorias, "que fortaleceram sua segurança e confiança". Alguns opositores que estavam no exílio retornaram para a Venezuela para competir nas eleições.
Os integrantes do Conselho Nacional Eleitoral, o CNE, órgão que realiza as eleições, foram escolhidos pela nova Assembleia Nacional, que tem 90% de deputados chavistas. Eles venceram uma eleição fraudulenta em 2020, sem presença dos principais partidos de oposição. Apesar disso, houve um equilíbrio na nomeação dos atuais membros do conselho, que só pode tomar decisões por unanimidade.
Cem observadores da União Europeia irão acompanhar a votação, pela primeira vez em 15 anos. Três especialistas das Nações Unidas e seis do Centro Carter, dos Estados Unidos, também estarão presentes.
Contudo, há um desequilíbrio enorme nas campanhas, pois os candidatos do governo têm recursos públicos à disposição. Para os nomes da oposição, fazer campanha sem acesso aos meios de comunicação e sem gasolina para se encontrar com eleitores foi praticamente impossível.
Outro fator que beneficia o governo é o medo dos venezuelanos de ficarem sem as cestas de alimentos distribuídas de forma gratuita. Nas eleições legislativas de 2020, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, ameaçou: "Para quem não votar, não vai ter comida. Vai ficar de quarentena, sem comer". Naquele ano, 43% dos observadores que trabalharam para o Observatório Eleitoral Venezuelano escutaram, viram ou leram mensagens em que os chavistas ameaçavam retirar a comida dos que votassem contra o governo.
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Comentários (4)
Wanderlei
2021-11-22 08:18:03Eleição tão fajuta quanto a democracia madurista.
Amaury Feitosa
2021-11-21 10:53:53a Venezuela poucos sabem há 50 anos era o 5º país mais rico do mundo e hoje seu povo come lixo e milhões emigram para Colômbia Equador e Brasil .. se depender da anarco-clepto-quadrilha seremos eles amanhã .. a arapuca está armada.
Odete6
2021-11-21 08:04:58Fico só imaginando o ódio do POVO VENEZUELANO fermentando, fermentando e fermentando.... e o maduro fazendo companhia ao sadam e ao kafafi... quero viver forte pra ter a imperdível oportunidade de ver isso!....
MARCOS
2021-11-20 19:04:08PARA QUE FAZER ELEIÇÕES. É MELHOR COLOCAR NO PODER OS APONTADOS PELO DITADOR. ECONOMIZA TEMPO E DINHEIRO. AS ELEIÇÕES SÃO FRAUDADAS MESMO.