Valeixo diz que não pediu para deixar a direção-geral da PF
O ex-diretor da Polícia Federal Maurício Valeixo (foto) confirmou em depoimento de mais de seis horas, nesta segunda-feira, 11, que não pediu para sair do cargo. O delegado disse que foi informado sobre sua demissão pelo presidente Jair Bolsonaro por telefone. À PF, ele explicou, contudo, que “estava cansado” do assédio do Planalto e, por...
O ex-diretor da Polícia Federal Maurício Valeixo (foto) confirmou em depoimento de mais de seis horas, nesta segunda-feira, 11, que não pediu para sair do cargo. O delegado disse que foi informado sobre sua demissão pelo presidente Jair Bolsonaro por telefone.
À PF, ele explicou, contudo, que “estava cansado” do assédio do Planalto e, por isso, havia deixado o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro à vontade para trocar o comando da instituição.
O decreto que estabeleceu a saída de Valeixo da chefia da PF informa que a exoneração ocorreu “a pedido”. A princípio, o nome de Moro constava no ato. Só depois de o ex-ministro afirmar que não havia assinado o documento, houve a republicação. Na nova versão, foram incluídas as assinaturas de Braga Netto e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira.
Valeixo prestou depoimento no âmbito do processo que investiga a interferência política de Bolsonaro na PF. O ex-ministro acusa Bolsonaro de trocar a diretoria-geral sem motivos técnicos a fim de colocar no lugar de Valeixo uma pessoa de confiança, com quem pudesse obter relatórios de inteligência e informações.
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