Vai dar Putin, de novo
Vladimir Putin (foto) anunciou nesta segunda-feira (6) que concorrerá à presidência da Rússia nas eleições do ano que vem. O anúncio é meramente protocolar e não surpreende a absolutamente ninguém, já que o autocrata está no poder desde 1999 e deve levar o sexto mandato para casa. Esta é a primeira eleição que Putin concorrerá...
Vladimir Putin (foto) anunciou nesta segunda-feira (6) que concorrerá à presidência da Rússia nas eleições do ano que vem. O anúncio é meramente protocolar e não surpreende a absolutamente ninguém, já que o autocrata está no poder desde 1999 e deve levar o sexto mandato para casa.
Esta é a primeira eleição que Putin concorrerá desde que um plebiscito que, em 2020, autorizou mudanças na Constituição que o permitem concorrer novamente, mantendo-se no poder potencialmente até os 84 anos. Observadores internacionais apontaram ilegalidades no processo de votação, como ter indicado os resultados parciais antes do fim da votação.
Questões como esta se acumulam desde que Putin assumiu o cargo, após a renúncia-surpresa de Boris Yeltsin horas antes da virada do milênio. Ele é conhecido por envenenar concorrentes (como Alexei Navalny, líder de manifestações que sobreviveu ao envenenamento por uma substância desenvolvida por Moscou) ou aprisioná-los (como o próprio Navalny, que hoje cumpre pena de 19 anos de prisão).
Suas seguidas eleições nunca o tiraram do poder sobre o Kremlin e a imensa máquina russa: na única vez em que fingiu apreço às regras democráticas, cedeu o cargo ao seu aliado Dmitri Medvedev, enquanto ele se deu o cargo de primeiro-ministro.
Mesmo com uma aprovação acima dos 80% e sem concorrentes à altura para o seu partido "Rússia Unida", a eleição não será desprovida de tensão: é a primeira vez que Putin será levado às urnas depois da sua invasão à Ucrânia.
Desde então, o país se tornou mais imprevisível: apesar de sofrer um baque causado pelas sanções econômicas de parte do Ocidente pela agressão a Kiev, as contas do país não colapsaram. Em compensação, Putin sofreu pela primeira vez uma ameaça real de golpe de Estado, quando soldados mercenários do grupo Wagner marcharam contra Moscou.
Ele até conseguiu neutralizar a ameaça Prigozhin, mas como isso tudo se refletirá nas urnas, no que é a sua quase certa próxima vitória, ainda é um mistério.
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Comentários (2)
Odete6
2023-11-08 08:06:25Pois então que os eleitores russos viagem ""para o putin que os partiu"" para uma guerra exponencialmente bárbara que assassina também seus filhos e compatriotas, promovendo a estupidez em nível máximo das raias do absurdo, contra uma nação inocente como a UCRÂNIA!!!! Ou que tomem vergonha, deixem de ser cegos e covardes, lutem contra esse gnomo abjeto e genocida que os desgoverna e retomem as rédeas do seu próprio país!!!!
Andre Luis Dos Santos
2023-11-08 03:18:43O sonho do Lula é poder ter este tipo de “democracia” no Brasil. Deve sentir uma inveja danada do seu buddy “Puti” (como diria a Anta-mor).