Uma estranha explicação do Mossad israelense
Agência secreta de Israel precisou dar satisfações após reuniões com autoridades do Catar em Nova York
O Mossad é o serviço secreto israelense que atua em outros países. É reconhecido por ser extremamente discreto e eficiente.
Nesta quinta, 25, o Mossad emitiu uma rara declaração pública após Avigdor Liberman, presidente do partido Yisrael Beytenu, alegar que a agência fez reuniões em Nova York com autoridades do Catar.
Dessa reunião teriam sido criados quatro grupos de trabalho para buscar maneiras de melhorar a imagem do governo do Catar.
“Eu ficaria feliz se eles explicassem ao público israelense o que aconteceu na reunião, quais grupos de trabalho foram criados e por quê”, disse Lieberman.
O Mossad rejeitou as alegações, dizendo que a afirmação de Lieberman é “infundada, falsa e desprovida de qualquer base”.
“A publicação sobre a criação de uma equipe de comunicação para o Catar é infundada, falsa e desprovida de qualquer base”, afirmou a agência.
De acordo com a agência de espionagem, a reunião em Nova York contou com a presença do enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e abordou uma série de questões relacionadas ao Oriente Médio e à Faixa de Gaza.
Al Jazeera
A monarquia do Catar é dona do canal Al Jazeera, que costumeiramente publica notícias contra Israel e influencia a opinião de muçulmanos em todo o mundo.
A cobertura dos conflitos na Faixa de Gaza pela Al Jazeera tem sido enormemente prejudicial aos israelenses.
De acordo com o Mossad, durante a reunião em Nova York, Israel e os Estados Unidos apresentaram queixas sobre a cobertura negativa da Al Jazeera para as autoridades do Catar.
Segundo a agência, as notícias buscam incentivar o ódio, o antissemitismo e o terrorismo.
As reuniões, se de fato ocorreram, podem ser um sinal de uma tentativa de aproximação entre o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (foto) e as autoridades do Catar.
Nos últimos anos, Israel tem buscado uma relação mais amigável com o Catar, como uma maneira de reduzir a influência iraniana na região.
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