Um ex-terrorista na Casa Branca
O presidente sírio Ahmed Sharaa, líder do grupo Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), irá se reunir com Donald Trump nesta segunda-feira, 10
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá se reunir nesta segunda-feira, 10, com o presidente sírio Ahmed Sharaa, líder do Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), grupo responsável por derrubar a ditadura de Bashar Assad.
A conversa ocorrerá na Casa Branca, poucos dias depois de Washington retirar Sharaa da lista de terroristas.
Sharaa se encontrou com Trump pela primeira vez em maio, na Arábia Saudita, durante uma viagem do presidente americano pelo Oriente Médio.
No início do mês, Tom Barrack, enviado dos EUA para a Síria, afirmou que Sharaa poderia assinar um acordo para colocar a Síria na coalizão internacional liderada pelos EUA contra o grupo Estado Islâmico (EI).
Segundo a AFP, os Estados Unidos também planejam estabelecer uma base militar próxima a Damasco para "coordenar a ajuda humanitária e monitorar a evolução da situação entre a Síria e Israel".
Ex-terrorista
O Departamento de Estado americano anunciou na sexta-feira, 7, a retirada de Al-Sharaa e do ministro do Interior sírio, Anas Khattab, da lista de sanções, em “reconhecimento ao progresso demonstrado pela liderança síria após a saída de Bashar al-Assad”.
Segundo o comunicado, os Estados Unidos destacam os esforços de Damasco no combate ao narcotráfico, na eliminação de armas químicas e na promoção da segurança regional.
A medida foi seguida pela União Europeia, que confirmou a suspensão de sanções contra o governo sírio.
Ahmed Sharaa
Ahmed Sharaa, que já liderou a filial síria da Al-Qaeda sob o nome de Abu Mohammad al-Julani, chegou ao poder em janeiro deste ano, após a derrubada de Bashar Assad.
O grupo de Sharaa, o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), rompeu com a Al-Qaeda há cerca de uma década e entrou em confronto com o Estado Islâmico.
Em setembro, Sharaa já havia participado da Assembleia-Geral da ONU em Nova York, em sua primeira viagem oficial ao Ocidente.
Leia também: Na ONU, presidente sírio denuncia Assad e pede fim das sanções
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