TSE pagou R$ 19,5 milhões a empresa responsável por computador que atrasou apuração
Uma falha no supercomputador que foi dedicado pelo TSE para somar o resultado das eleições municipais foi a responsável pelo atraso de três horas na apuração na maior parte das cidades brasileiras. As causas do incidente ainda estão são investigadas pela Justiça Eleitoral, mas o presidente da corte superior, ministro Luís Roberto Barroso, disse que...
Uma falha no supercomputador que foi dedicado pelo TSE para somar o resultado das eleições municipais foi a responsável pelo atraso de três horas na apuração na maior parte das cidades brasileiras. As causas do incidente ainda estão são investigadas pela Justiça Eleitoral, mas o presidente da corte superior, ministro Luís Roberto Barroso, disse que o serviço de computação é de responsabilidade de uma empresa terceirizada. A Oracle, que executa o serviço, tem 19,5 milhões de reais empenhados pelo TSE em 2020, segundo o sistema de execução orçamentária da União.
"Esse computador é instalado por meio de um serviço, que faz justamente o papel da nuvem computacional. É um supercomputador instalado pela empresa Oracle, que mantém ele em funcionamento. A manutenção, a conservação, o suporte, o bom funcionamento são de responsabilidade da empresa", explicou Giuseppe Dutra Janino (foto), secretário de tecnologia da informação do TSE.
A Oracle tem 3,1 milhões de reais empenhados pela corte para prestar serviços de computação em nuvem. Outros 11,7 milhões estão reservados para que a empresa realize manutenção nos bancos de dados do TSE. Por fim, o TSE empenhou 4,6 milhões de reais para que a Oracle preste serviços de suporte técnico.
Em entrevista coletiva, Barroso acrescentou que o atraso na apuração "decorreu provavelmente do aumento das medidas de segurança que trouxemos ao sistema e de uma possível falha em um dos processadores".
Em resposta aos ataques cibernéticos ao STJ e diversos órgãos públicos no início do mês, o TSE optou por desligar um de seus servidores como medida de segurança contra invasões. "Gostaria de repetir que não houve qualquer risco para a integridade do sistema e fidedignidade dos resultados", reiterou o presidente da corte eleitoral.
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Comentários (9)
JAT
2020-11-18 17:44:03PAIS DE FAZ DE CONTA. TEM TANTO PARA TÃO POUCOS. VERGONHA.
Luciana
2020-11-16 22:49:32O atraso deste país está de acordo com votos em papel. Já imagino a cena, como num filme de cowboy, uma carroça substituindo outra com as caixas de votos falsos.
Marcelo
2020-11-16 18:12:10Ate um notebook consegue somar 200 milhoes de registros.
Odete6
2020-11-16 16:48:53Pois é.... é DINHEIRO PÚBLICO, erário, fruto do trabalho de todos os cidadãos, não é mesmo?!!! Aprendi desde a mais tenra idade que este fato é motivo inquestionável para atenção, seriedade, cuidados, zêlo e respeito multiplicados!!!! Mas, parece que em geral, amoral e imoralmente pensa-se exaaaatamente o contrário, não é verdade?!!!!
Inês
2020-11-16 16:41:08Uma medida saneadora e coerente com a transparência é o voto impresso, porque os burocratas do TSE são contra, o pior é a justificativa de onerar as despesas públicas, o fundão partidário não é gasto é investimento nos políticos corruptos, até quando vamos aturar, acorda Brasil.
Antônio
2020-11-16 15:58:40... "que mantém ele"... isso é português, caro colunista?
LUIZ
2020-11-16 15:12:44Alguém falou em prestígio mundial, só que todos conhecem muita gente que tinha muito prestígio e está, ou esteve na cadeia: Cabral, Eike Batista, Lula, ... é claro, falta muitos, inclusive uns filhos bem protegidos. Enfim, se o serviço prestado foi falho, certamente deverá ressarcir a falha, baseado em item que deve estar no contrato (O STJ não firmar um contrato sem prever a possibilidade de falha na prestação do serviço - espero).
Jose
2020-11-16 14:22:45A Oracle tem prestigio mundial e é considerada como uma das mais confiáveis do mundo.
Nilson
2020-11-16 14:03:38Não sabia que acharam uma desculpa pra um fiasco com empenho de 19,5 milhões como sendo ultraconfiável e infalível aos ataques cibernéticos. Vergonhoso, mas assim funciona o poder público no país.