Trump vai reverter banimento do TikTok?
Presidente eleito dos EUA pode emitir uma ordem temporária para suspender a exclusão do aplicativo chinês por até 90 dias
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu tentar reverter o banimento do aplicativo chinês TikTok confirmado pela Suprema Corte nesta sexta, 17:
"No final das contas, depende de mim. Então vocês vão ver o que vou fazer", disse à CNN.
Em sua rede social Trump War Room, o republicano afirmou que conversou sobre a plataforma com o ditador chinês, Xi Jinping:
“Acabei de conversar com Xi Jinping, da China. A ligação foi muito boa tanto para China e EUA. Minha expectativa é que iremos resolver muitos problemas juntos e começando imediatamente. Nós conversamos sobre balança comercial, fentanyl, TikTok e outros temas. Presidente Xi e eu vamos fazer todo o possível para tornar o mundo mais pacífico e seguro“, publicou.
Nos primeiros dias de governo, entende-se que Trump teria a prerrogativa de emitir uma ordem executiva para suspender o banimento da rede social por 60 a 90 dias.
Após ser eleito, o republicano protocolou um amicus curae na Suprema Corte americana para suspender a lei, assinada pelo presidente Joe Biden, que excluiria o aplicativo.
Para Trump, a exclusão do TikTok deve ser resolvida "politicamente".
Nos Estados Unidos, mais de 170 milhões de pessoas têm o aplicativo instalado nos dispositivos móveis.
Primeira Emenda
Discute-se nos EUA se a saída do TikTok interfere na liberdade de expressão, garantida pela Primeira Emenda da Constituição.
Trump entende que a exclusão do aplicativo no país poderia ferir o direito garantido
O pedido do republicano, então, busca evitar o cumprimento da exclusão do aplicativo a partir de uma extensão de prazo.
Ameaça chinesa
Segundo a inteligência norte-americana, o TikTok representa uma ameaça à segurança nacional.
Os órgãos alegam que o governo chinês supervisiona diretamente os aplicativos para obter informações confidenciais de cidadãos americanos e espalhar propagandas falsas.
Além disso, o aplicativo suscita do governo americano de que haja espionagem e manipulação em favor do governo chinês.
A proibição das redes sociais americanas YouTube e do Facebook na China são contradições apresentadas pelas autoridades.
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