Trump aplica sanções a juízas do TPI por ações contra Netanyahu
Rubio anuncia punições a magistrados do TPI por mandados contra Netanyahu e por investigar atuação dos EUA no Afeganistão

O governo Trump anunciou sanções a quatro juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) por ações contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da defesa Yoav Gallant e tropas americanas no Afeganistão.
"Os ataques infundados e politizados do TPI contra os Estados Unidos e nosso aliado próximo, Israel, devem acabar. Hoje, sancionei quatro juízes do TPI por infringirem a soberania dos EUA e de Israel – dois que autorizaram a investigação infundada do TPI sobre pessoal americano no Afeganistão e dois que autorizaram os mandados de prisão ilegítimos do TPI contra o primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant. Apelamos aos nossos aliados para que se unam a nós contra este ataque vergonhoso", publicou no X.
Os juízes atingidos pelas sanções são: Solomy Balungi Bossa, de Uganda, Luz del Carmen Ibáñez Carranza, do Peru, Reine Adelaide Sophie Alapini Gansou, do Benim, e Beti Hohler, da Eslovênia.
Com isso, os magistrados ficarão proibidos de entrar nos Estados Unidos. Em resposta, o TPI afirmou que as sanções americanas são uma "tentativa clara" de minar a independência do tribunal.
Netanyahu e Gallant
No ano passado, o TPI emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza.
O pedido foi emitido pelo procurador britânico, Karim Khan, que afastou-se temporariamente do cargo por ser alvo de uma investigação externa sobre assédio sexual a uma antiga funcionária.
Segundo o órgão internacional, a Câmara encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant “têm responsabilidade criminal pelos seguintes crimes como coautores por cometerem os atos em conjunto com outros: o crime de guerra de fome como método de guerra; e os crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
Em resposta, Netanyahu afirmou que a medida de Khan era uma tentativa de “salvar sua pele das sérias acusações de assédio sexual” e classificou o mandado como “ódio antissemita a Israel“.
Americanos no Afeganistão
Os juízes sancionados pelos Estados Unidos autorizaram investigações sobre supostos abusos cometidos por membros do exército americano no Afeganistão.
Eles foram acusados de crimes de guerra.
A decisão gerou uma forte reação de Washington, que defende a soberania de seu sistema judiciário.
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