Trump ordena fim das sanções contra a Síria
Washington revoga punições econômicas ao país seis meses após a queda de Bashar Assad

Durante visita à Arábia Saudita, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o fim das sanções impostas contra a Síria.
A decisão foi tomada apenas seis meses após a queda do ditador Bashar Assad.
"Eu estarei ordenando o cessar das sanções contra a Síria para dar a eles uma chance de grandeza", afirmou o republicano, sendo aplaudido de pé pelo ditador saudita Mohammed bin Salman e pelo bilionário Elon Musk.
As primeiras sanções foram aplicadas pelos EUA no fim de 1979, quando a Síria foi incluída na lista de "Estados patrocinadores do terrorismo".
A retomada das relações diplomáticas vem sendo costurada pelo presidente sírio, Mohammed al-Sharaa, que também é líder do grupo terrorista Hay'at Tahrir al-Sham (HTS), responsável pela derrubada do regime.
Desde o início do ano, o novo governo sírio busca respaldo e legitimidade junto aos pares internacionais.
Em fevereiro, Sharaa pediu apoio de Bin Salman na reconstrução do país devastado após a queda de Assad.
A cúpula síria viajou a bordo de um jato particular saudita enviado especialmente por Bin Salman a Damasco.
Além disso, o encontro entre os chefes de governo sinalizou um interesse em alinhar-se politicamente com os sauditas e distanciar-se do Irã.
Ajuda humanitária
Desde janeiro, representantes sírios também têm se reunido com líderes de países europeus.
Logo após a queda de Assad. a comissária europeia para Preparação e Gestão de Crises, Hadja Lahbib, esteve em Damasco onde prometeu o envio do primeiro pacote de ajuda humanitária no valor de US$ 240 milhões.
A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, anunciou a ampliação para “cerca de 2,5 bilhões de euros” destinada à reconstrução da Síria.
"A medida que abordamos as necessidades imediatas dos sírios, devemos começar a nos preparar para o futuro .Há cidades inteiras para reconstruir e economias inteiras para reiniciar.
A Síria era uma das potências econômicas do Oriente Médio. E queremos ser parceiros na recuperação e no crescimento de uma nova Síria, afirmou Ursula.
Na última semana, o presidente francês Emmanuel Macron recebeu Sharaa em Paris.
Leia também: O que o novo governo sírio quer com Bin Salman?
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