Trump e os veteranos das guerras perdidas
Presidente americano quer criar duas datas para comemorar a vitória na Primeira e na Segunda Guerra Mundial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), publicou na rede Truth Social uma mensagem dizendo que irá criar duas novas datas: uma para os americanos que lutaram na Primeira Guerra, em 8 de maio, e outra para os que combateram na Segunda Guerra, em 11 de novembro.
Na publicação, Trump fala que vai renomear o "8 de Maio", mas não há feriado nos Estados Unidos nesse dia.
O que existe, na última segunda de maio, é o Dia da Memória (Memorial Day, em inglês), em homenagem aos homens e mulheres das Forças Armadas americanas que morreram em combate por seu país em várias guerras.
"Muitos de nossos aliados e amigos estão comemorando o dia 8 de maio como o Dia da Vitória, mas fizemos muito mais do que qualquer outro país para produzir um resultado vitorioso na Segunda Guerra Mundial. Por meio deste, renomeio o dia 8 de maio como Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial e o dia 11 de novembro como Dia da Vitória na Primeira Guerra Mundial", afirmou Trump.
O risco é de Trump, ao criar essas novas datas, reduzir a importância do Memorial Day.
A diferença principal entre essas datas é que, no Memorial Day, os americanos homenageiam todos os que morreram nas guerras, até mesmo naquelas que foram condenadas pela opinião pública, como Vietnã, Coreia, Afeganistão e Iraque.
Trump parece mais focado em só celebrar as vitórias.
Parada militar
Trump pegou gosto por demonstrações populares em apoio aos militares depois que participou de uma parada em Paris, em 2017, para celebrar o Dia da Bastilha.
“Ser um grande presidente tem que ver com muita coisa, e uma delas é ser um grande torcedor do seu país. Nós vamos mostrar ao povo como nós investimos nos militares. Vamos expor nossos militares”, disse Trump após o evento em Paris.
Na publicação desta sexta, 2, na rede Truth Social, Trump fala em "celebrar nossas vitórias".
"Vencemos as duas guerras, ninguém se compara a nós em termos de força, bravura ou brilhantismo militar, mas nunca celebramos nada — isso porque não temos mais líderes que saibam como fazê-lo! Vamos começar a celebrar nossas vitórias novamente!", escreveu o presidente.
Nos Estados Unidos, contudo, não há paradas militares.
Desde a fundação do país, há 249 anos, a população tem receio de dar excessivo poder aos militares internamente. A projeção da força é sempre para o exterior.
Talvez seja esse um dos motivos pelos quais os Estados Unidos nunca passaram por um golpe militar.
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