Toffoli põe Alexandre, PF e Aras para investigar preso por fogos contra o STF
Preso pela Polícia Civil do Distrito Federal após disparar rojões contra o STF, Renan da Silva Sena será investigado no inquérito sobre supostos ataques à corte. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, representou criminalmente contra Sena e pediu providências ao ministro Alexandre de Moraes no âmbito da investigação. Também enviou, neste domingo, 14,...
Preso pela Polícia Civil do Distrito Federal após disparar rojões contra o STF, Renan da Silva Sena será investigado no inquérito sobre supostos ataques à corte. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, representou criminalmente contra Sena e pediu providências ao ministro Alexandre de Moraes no âmbito da investigação. Também enviou, neste domingo, 14, ofícios à Polícia Federal e ao procurador-geral Augusto Aras.
O pedido de Toffoli também abrange outros eventuais integrantes do grupo que efetuou disparos de fogos de artifício contra a corte.
Sena era funcionário de uma empresa que prestava serviços terceirizados para o Ministério dos Direitos Humanos. Ele integrou um grupo que agrediu enfermeiras que faziam um protesto pacífico em Brasília. A pasta da ministra Damares determinou à empresa que ele fosse demitido. Sena é frequentador também do "cercadinho" ao lado do Palácio do Alvorada, usualmente ocupado pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Ele voltou a protagonizar cenas de agressão neste sábado, 14, quando participou do grupo que disparou fogos de artifício contra o Supremo Tribunal Federal. A Polícia Civil o prendeu na tarde deste sábado. Um vídeo que circula nas redes sociais registrou o momento de sua prisão, que enfrentou resistência de manifestantes enrolados na bandeira do Brasil.
Em seu ofício a Alexandre, Toffoli afirma que representa criminalmente contra Sena por "ataques e ameaças à Instituição deste Supremo Tribunal Federal e ao Estado Democrático de Direito, inclusive por postagens em redes sociais, bem como todos os demais participantes e financiadores, inclusive por eventual organização criminosa, os quais ficam desde logo representados, devendo-se ser adotadas as necessárias providências para a investigação e persecução penal".
Toffoli também explica, nos ofícios: "Solicito a Vossa Excelência as providências necessárias à apuração (CPP, art. 39, § 3º), para responsabilização penal daquele(s) que deu/deram causa direta ou indiretamente, inclusive por meio de financiamento, dos ataques e ameaças dirigidas ao Supremo Tribunal Federal e ao Estado Democrático de Direito, na noite de ontem (13/06/2020), inclusive com a utilização de artefatos explosivos (fogos de artifício)".
Os outros ofícios à PF, a Aras e à Polícia Civil do Distrito Federal, assinados às 19 horas e 40 minutos deste domingo, após a prisão de Sena, eram idênticos. Além de disparar os fogos, Sena também gravou um vídeo em que xingou o governador Ibaneis Rocha, do MDB.
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