Substituição na Comissão de Mortos e Desaparecidos era tratada desde maio
A nomeação de novos integrantes na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos era tratada no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos desde o fim de maio, dois meses antes de o presidente Jair Bolsonaro criticar a sua credibilidade, conforme documentos da pasta a que Crusoé teve acesso. Uma minuta do decreto de substituição dos integrantes...
A nomeação de novos integrantes na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos era tratada no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos desde o fim de maio, dois meses antes de o presidente Jair Bolsonaro criticar a sua credibilidade, conforme documentos da pasta a que Crusoé teve acesso.
Uma minuta do decreto de substituição dos integrantes e uma nota técnica sobre a mudança foram assinadas no dia 28 de maio por Lucas Teixeira Grillo, chefe de gabinete de ministra Damares Alves (foto).
Os documentos já previam a nomeação dos indicados no decreto publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 1º de agosto.
"Como sugestão de indicado para a vaga de membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados (...) apresenta-se o nome do deputado Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro (PSL/PR)", diz a nota técnica assinada por Grillo. "Para a vaga de integrante do Ministério da Defesa (...), o sr. Vital Lima Santos, assessor do chefe de Gabinete do Ministro da Defesa; para uma vaga destinada à sociedade civil, de livre escolha, o sr. Weslei Antônio Maretti, coronel militar reformado".
No parágrafo seguinte do documento, "indica-se o nome do sr. Marco Vinicius Pereira de Carvalho, assessor especial da Ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, por indicação desta, em substituição à atual presidente, a sra. Eugênia Augusta Gonzaga Fávero".
A única mudança na minuta do decreto preparado no dia 28 de maio foi que ele incluía entre os possíveis nomeados o procurador-chefe do Ministério Público Federal em Goiás, Ailton Benedito de Souza, também citado na nota técnica.
Naquele mês, a escolha de Benedito havia sido criticada pela subprocuradora-geral da República Deborah Duprat, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. O procurador não está na lista de novos integrantes publicada hoje.
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Comentários (10)
Jales
2019-08-01 22:52:02Comissao inútil. Deveria ser extinta. E mais um cabide emprego com mal uso do dinheiro publico.
Iracema
2019-08-01 20:38:20Por qual razão essa certidão de óbito só foi emitida em julho deste ano hein? As demais certidões de outros desaparecidos levaram o mesmo tempo? E elas são de igual teor? Tão estranho ... 🤔
Carlos
2019-08-01 17:46:33Deveria ser extinta, essa comissão já cumpriu seu objetivo.
ANTONIO
2019-08-01 17:37:00Que tal pena de morte para estes ex-guerrilheiros ao invés de indenização ?
Ronaldo
2019-08-01 16:42:04Uma teta pra vagabundos mamarem.
William
2019-08-01 14:21:57Deborah Duprat a esquerdista dos Direitos do cidadao...
EDUARDO
2019-08-01 12:37:02Não passa de mais uma "teta" criada para a alegria dos "cumpanheiros"! Chega! A farra acabou!
Eurico
2019-08-01 12:27:20Demora, dá trabalho, mas é vital para restaurar a história e poupar milhões para o Erário, revendo uma a uma as indenizações chamadas de bolsa-ditadura. Cabe buscar na Justiça a reparação para a história e para o Erário destes bilhões sacados em nome de uma narrativa, de uma ideologia, quando na prática, as tais vítimas da ditadura, como disse Nelson Rodrigues, estavam fazendo investimento.
Fábio
2019-08-01 12:20:14A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) foi criada em 1995 pelo presidente FHC , se em 24 anos de existência , não esclareceu o que aconteceu no regime civil-militar , não vai esclarecer mais , deve ser fechada . 🇧🇷
GILMAR
2019-08-01 11:50:27credibilidade ZERO