STF forma maioria a favor de novo inquérito para investigar Daniel Silveira
O plenário do Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta sexta-feira, 1º, para referendar a determinação de Alexandre de Moraes pela abertura de um novo inquérito para investigar o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (foto) por desobediência a decisão judicial. O ministro instaurou a apuração após o parlamentar se recursar a recolocar tornozeleira eletrônica. Seis dos...
O plenário do Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta sexta-feira, 1º, para referendar a determinação de Alexandre de Moraes pela abertura de um novo inquérito para investigar o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (foto) por desobediência a decisão judicial. O ministro instaurou a apuração após o parlamentar se recursar a recolocar tornozeleira eletrônica.
Seis dos onze ministros da Suprema Corte já se posicionaram no plenário virtual. São eles, além de Moraes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Rosa Weber e Gilmar Mendes.
Todos respaldaram a decisão, que prevê, ainda, as seguintes medidas:
- Imposição de multa de 15 mil reais no caso de descumprimento das medidas cautelares, inclusive a que estabelece o monitoramento eletrônico;
- Autorização para que o Banco Central bloqueie todas as contas de Daniel Silveira, se necessário, para a garantia do pagamento da multa;
- Determinação para que o presidente da Câmara, Arthur Lira, imponha o desconto em folha salarial para o pagamento da multa;
- Ampliação da zona em que Daniel Silveira pode circular para que seja assegurado o exercício do mandato parlamentar -- o deputado poderá transitar no estado do Rio e no Distrito Federal.
Daniel Silveira é réu por agredir verbalmente e ameaçar ministros do STF para favorecer interesse próprio, incitar a violência para impedir o livre exercício dos poderes Legislativo e Judiciário e estimular a animosidade entre as Forças Armadas e a Suprema Corte. A denúncia foi apresentada pela PGR a partir do inquérito que investigou a promoção e o financiamento de atos antidemocráticos.
O congressista chegou a ser preso em fevereiro de 2021. Em novembro daquele ano, Moraes autorizou a soltura, mas fixou medidas cautelares -- a lista incluía a proibição de contato com outros investigados e de acesso às redes sociais.
Silveira descumpriu as regras, peitou o Judiciário e, por isso, a PGR defendeu a imposição de novas cautelares. Moraes, então, proibiu o deputado de participar de eventos públicos e de deixar Niterói, no Rio, local em que mora, a não ser para viajar a Brasília, onde exerce o mandato. Nessa mesma determinação, ordenou o uso do equipamento eletrônico que, enfim, foi afixado na quinta-feira, 31, após a resistência do congressista.
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Comentários (3)
Nilson
2022-04-01 16:49:24O corporativismo prevaleceu, não importa se o nome é Daniel, João, etc.... desde o princípio todas as medidas são inconstirucionais segundo juristas respeitáveis, tornaram esta corte uma tirania deslavada rasgando a constituição qdo deveriam respeitá-la. Depois querem ter credibilidade.
Amyr G Feitosa
2022-04-01 14:59:48Vergonhoso vermos uma suprema corte militante ditadura e se comportando como tentaculo de um bando ... triste espetácuulo.
ANTÔNIO
2022-04-01 14:56:01O correto seria cadeia para esse marginal.