Stedile, do MST, exalta atos do 1º de Maio (em Havana e Caracas)
"Nos dá vergonha por aqui!!", diz o líder do MST, em reclamação contra o governo Lula que exalta "unidade popular" das ditaduras

Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Brasil, João Pedro Stedile exaltou nesta sexta-feira, 2, os atos pelo Dia do Trabalhador — mas em Havana e Caracas.
"Vejam quer demonstração de unidade popular , de vontade politica dos governos e de capacidade de mobilização no dia primeiro de maio em Caracas e em Havana. Que nos dá vergonha por aqui!!", disse a liderança sem-terra em seu perfil no X.
Stedile compartilhou, junto com sua reclamação, dois vídeos do que seriam os atos pelo 1º de Maio nas capitais de Cuba e Venezuela, transmitidos pela emissora Telesur.
As imagens com ruas cheias em países governados por ditadores contrastam com as ruas vazias das manifestações no Brasil, que o líder do MST parece atribuir à falta de "vontade politica" do governo Lula.
Unidade popular?
Após o fiasco do ano passado, Lula nem sequer compareceu aos atos em São Paulo neste ano.
O presidente brasileiro tem a opção de não passar vergonha pelo segundo ano consecutivo, ao contrário dos cidadão dos países comandados por Nicolás Maduro e Miguel Díaz-Canel, onde a "unidade popular", para usar as palavras de Stedile, é uma imposição.
O fato é que a pauta sindical de defesa do trabalhador não mobiliza os trabalhadores do Brasil há anos, e isso se manifesta de forma mais clara a cada ato de 1º de Maio promovido pelas centrais sindicais.
A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) chegou a apelar para o show de Lady Gaga no sábado, 3, no Rio de Janeiro, para justificar a baixa adesão nos atos de São Paulo, promovidos dois dias antes.
Escala 6x1
Apesar de não comparecer aos atos, Lula mandou sua mensagem populista por meio de um pronunciamento em cadeia de rádio e tevê na noite do dia anterior.
Nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, em que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no serviço e têm apenas um dia de descanso. A chamada jornada 6 por 1”, disse o petista.
“Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, acrescentou.
O governo pretende usar a pauta do fim da escala 6x1 para diminuir o impacto do desgaste do escândalo do INSS.
Leia mais: Crise no INSS: Planalto vai usar ‘fim da escala 6×1’ para tentar blindar Lula
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Comentários (1)
MARCOS
2025-05-02 12:24:44ESSE CARA É QUE NOS DÁ VERGONHA. POPULISTA INVETERADO.