Sócio de Dario Messer na mira do Banco Central
O doleiro Bruno Farina foi intimado pelo Banco Central do Brasil para explicar suas operações de compra e venda de dólares por meio do "banco dos doleiros". Farina era uma espécie de sócio de Dario Messer (foto), o doleiro dos doleiros, no Paraguai. Ele foi um dos 45 doleiros alvos da Operação Câmbio, Desligo, em...
O doleiro Bruno Farina foi intimado pelo Banco Central do Brasil para explicar suas operações de compra e venda de dólares por meio do "banco dos doleiros". Farina era uma espécie de sócio de Dario Messer (foto), o doleiro dos doleiros, no Paraguai.
Ele foi um dos 45 doleiros alvos da Operação Câmbio, Desligo, em maio de 2018, mas só foi preso e enviado ao Brasil pelas autoridades paraguaias em dezembro do ano passado. Nos registros dos sistemas ST e Bankdrop, utilizados pelo grupo de Messer para contabilizar 1,6 bilhão de dólares em transações ilegais, há registro de cerca de 24 milhões de dólares movimentados por Farina - cujo codinome era Boxe.
O questionamento do BC é um dos primeiros passos do processo administrativo aberto para apurar os motivos das transações não terem observado as regras sobre indicação de clientes, comunicação ao Coaf e por supostamente terem infringido as leis de lavagem de dinheiro. Caso não consiga explicar as transações, Farina será multado pelo BC.
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Comentários (10)
LuisR
2019-07-08 17:34:12Não entendo porque só agora e não há varia anos o BC começou a encontrar e questionar essas "cousas". Talvez antes a mídia não publicava?
Uirá
2019-07-08 16:38:45Portanto, estes clientes mais sofisticados devem ter algum grau de aversão aos oompa loompas e preferir se manterem com um certo grau de distanciamento para não passarem a impressão "errada". Quanto aos oompa loompas, prender eles deve ser mais ineficaz do que mexer no bolso deles e dar a eles a certeza de que ficarão sem tudo aquilo pelo qual "trabalharam" tanto, imagine o sujeito entrar na lama e se sujar todo para depois ficar sem nada?
Uirá
2019-07-08 16:35:53Se as provas e evidências estiverem brotando, então fazer isto seria completa perda de tempo, mas conforme a profundidade e complexidade da coisa aumenta, então seria necessário se pensar em hipóteses alternativas e ver quais são sustentadas pela realidade, assim se evita uma "miopia" causada pelas evidências que já foram obtidas, mas que apontam para uma direção que é só uma fração do quadro completo. Os corruptos com pedigree exigem um produto mais sofisticado e que não deixa "odores".
Uirá
2019-07-08 16:31:06É necessário que se extrapole e pense inclusive nos cenários mais improváveis e até impossíveis, do contrário, o quadro geral que as evidências sugerem é muito mais limitado do que a realidade. Após todas as suspeitas e hipóteses terem sido levantadas pode-se então buscar na realidade quais fatos e evidências confirmam quais hipóteses e suspeitas, inclusive se investigando o que não parece ser ilegal, mas destoa da normalidade, partindo-se depois para um processo de eliminação.
Uirá
2019-07-08 16:27:16Os doleiros são os oompa loompas da corrupção, são parte vital do processo, mas o trabalho deles têm má reputação, mas o mesmo não ocorre com os advogados, faz sentido que estes sejam a ponte entre os peixões e os oompa loompas. Se estas conexões existirem e forem possíveis de ser vislumbradas, então toda a coisa ficará mais clara e nítida. Na corte só valem as evidências, mas para se estabelecer as linhas de investigação a imaginação é muito bem vida.
Uirá
2019-07-08 16:22:10Com oferta tão tentadora quem poderia resistir à corrupção que parece tudo, menos corrupção. Sobretudo no quesito judiciário é preciso entender todos os padrões possíveis, distorção das sentenças favoráveis entre escritórios e advogados, filhos e parentes de magistrados com negócios junto à escritórios, casos que apodrecem na gaveta enquanto outros são acelerados, contrastes entre a forma de atuar de ministros. Quanto mais o MO e os padrões se tornarem claros, mais a rede ficará visível.
Uirá
2019-07-08 16:16:55Quanto maior a aparência de legalidade e de naturalidade das vantagens recebidas, menos resistência à corrupção os excelentíssimos parasitas da República terão. Para sofisticar o serviço era necessário que os advogados que atuassem para comprar sentenças tb oferecessem um valet de luxo da corrupção, entregando o produto da propina diretamente no exterior, as possibilidades são inesgotáveis, jóias, viagens, honorários, contas no exterior, além de casas e até carros.
Uirá
2019-07-08 16:11:35Há que ser pensado inclusive no papel do BNDES como instrumento de lavagem de dinheiro, aportando dólares no exterior para que eles posteriormente bancassem os luxos e mimos da nata dos parasitas brasileiros. Não faz nenhum sentido que bastiões da lei e da justiça sujassem suas mãos com tarefas mundanas e indignas, isto deveria ficar com quem estava comprando o serviço deles, afinal, se não parece, não cheira, não tem jeito de corrupção, é corrupção?
Uirá
2019-07-08 16:06:18Para se entender o modus operandi dos corruptos é necessário que se entenda a cabeça do corrupto, imaginem um ministro do STJ, bastião da lei e da justiça, recebendo propina ou suborno, isto é uma coisa rasteira, comezinha, não está à altura do seu porte e distinção. No entanto, se o filho dele trabalha em um escritório cujas causas coincidentemente saem vitoriosas no STJ e o filho recebe polpudos honorários tanto no Brasil quanto no exterior, o que há de errado nisto?
Uirá
2019-07-08 15:39:16Dentro de uma lógica do crime e empresarial faria todo o sentido que advogados que tivessem interesses nos tribunais fornecessem toda a opção de delivery da propina já diretamente no exterior, quanto menos trabalho um magistrado corrupto tivesse e menos proximidade com os detalhes sórdidos, mais fácil convencê-ló e cooptá-lo. Seria possível que ministros, por exemplo, indicassem somente beneficiários para contas e casas no exterior que ao advogados cuidariam de todos os trâmites.