Sessão da CPI é suspensa após bate-boca entre Barros e senadores
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, decidiu suspender a sessão na tarde desta quinta-feira, 12, pela segunda vez seguida, após um bate-boca entre o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (foto), e senadores. A tensão subiu quando o deputado aliado ao Planalto alegou que o trabalho da comissão afastou empresas interessadas em...
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, decidiu suspender a sessão na tarde desta quinta-feira, 12, pela segunda vez seguida, após um bate-boca entre o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (foto), e senadores.
A tensão subiu quando o deputado aliado ao Planalto alegou que o trabalho da comissão afastou empresas interessadas em vender vacinas para o Brasil. "O mundo inteiro quer comprar vacinas. Espero que esta CPI traga bons resultados para o Brasil, produza um efeito positivo para o Brasil, porque o negativo já produziu muito: afastou muitas empresas interessadas em vender vacinas para o Brasil", declarou.
A fala provocou a ira de senadores. Aziz, por exemplo, declarou que a comissão afastou, sim, as vacinas das quais o governo buscava "tirar proveito". O senador interrompeu a sessão para "avaliar" o convite feito ao deputado para a oitiva. Isso significa que a CPI pode transformar Barros em convocado, obrigando-o a comparecer e a cumprir requisitos mais rigorosos, como o compromisso de falar a verdade.
Barros presta esclarecimentos sobre o escândalo Covaxin. O parlamentar foi convocado a depor depois de o deputado Luis Miranda, do DEM do DF, alegar que, em 20 de março, quando denunciou indícios de corrupção no contrato para a compra da vacina indiana, o presidente disse que o esquema era "coisa" do líder do governo na Câmara.
A CPI ainda investiga a ligação de Barros a outros esquemas irregulares. A comissão acredita, por exemplo, que foi ele quem indicou Roberto Ferreira Dias para o cargo de diretor de Logística do Ministério da Saúde. O ex-comissionado da pasta é acusado por representantes da Davati Medical Supply de ter exigido propina na negociação de imunizantes contra a Covid-19.
Barros, porém, nega ser o responsável pela indicação. "Ele não é meu indicado. Ele é indicado do Deputado Lupion", resumiu.
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Comentários (4)
Wilde
2021-08-12 14:46:14O presidente de fato (Barros) mente tanto quanto o presidente de direito.
Lucia
2021-08-12 14:25:18São todos uns santos… homens da mais ilibada conduta… nós, povo brasileiro, é que somos uns párias ao aceitar candidatos da pior categoria e ainda comparecermos às urnas para elegê-los!
Maria
2021-08-12 14:22:08Concordo com Azis, só afastou os fabricantes corruptos, porquevos honestos se interessam aindacmais!!!!
PAULO
2021-08-12 13:58:10O governo Bolsonaro é igual ao governo Lulisla. O Lula atacou a Lava Jato, dizendo que a mesma prejudicou às empresas, como se uma corrupção sistemática, ajudasse o ambiente de negócios. Então a CPI prejudicou às compras de vacinas? COMO ASSIM CARA PÁLIDA? Bolsonaro foi atrás de negociatas na aquisição de vacinas e desdenhou da Pzifer.