Secretária contradiz Pazuello e nega hackeamento do TrateCov
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, negou que o aplicativo TrateCov tenha sido hackeado ou modificado por meio de uma invasão. O programa, que indicava cloroquina até mesmo para bebês recém-nascidos, foi retirado do ar pelo Ministério da Saúde dias após o lançamento. A "Capitã Cloroquina" afirmou em audiência na...
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, negou que o aplicativo TrateCov tenha sido hackeado ou modificado por meio de uma invasão. O programa, que indicava cloroquina até mesmo para bebês recém-nascidos, foi retirado do ar pelo Ministério da Saúde dias após o lançamento.
A "Capitã Cloroquina" afirmou em audiência na CPI da Covid, nesta terça-feira, 25, que houve uma "extração indevida de dados" por parte de um jornalista, que usou o sistema para realizar simulações. Apesar da fala da secretária, o código fonte da página era público e, portanto, poderia ser usado por qualquer cidadão. Não houve, assim, ato ilícito.
A versão contradiz explicações do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que alegou à CPI que o aplicativo foi alvo de um hacker, o que motivou sua suspensão.
"O sistema é seguro. Ele não conseguiu hackear. Hackear é quando você usa a senha de alguém, entra dentro de uma plataforma, de um sistema. Foi uma extração indevida de dados. Não é hackeamento o termo. O termo utilizado foi um termo de leigos", disse. "Não [houve modificação], porque o sistema era seguro. O que ele fez foi simulações completamente indevidas, fora de contexto epidemiológico".
O presidente da CPI, Omar Aziz, então, questionou a decisão do ministério de suspender o aplicativo. "Se não foi hackeado e não foi modificada a orientação ou determinação [do tratamento precoce], por que foi retirado do ar?", questionou Aziz.
Mayra respondeu que a postura decorreu da necessidade de investigação do caso e acrescentou que o ministério "está se organizando" para retomá-lo. Aziz a interrompeu para criticar a pasta, em tom irônico, sinalizando que a retirada do ar ocorreu somente em razão da má repercussão.
"Não houve absolutamente nada. A senhora disse aqui que não houve mudança no protocolo. Por que retiraram do ar? Se a senhora tinha tanta certeza de que salvaria vidas, por que vocês não devolveram? Aqui, tem gente que, no dia 26 [de dezembro de 2020], quando houve lockdown em Manaus, saiu metralhando a decisão. Quinze dias depois... Esses assassinos da internet que ficam criticando lockdown mataram pessoas sem oxigênio na minha cidade".
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Comentários (5)
Maria
2021-05-25 16:45:46Espero que todos paguem nas urnas.
Maria
2021-05-25 16:44:33Muita gente incompetente. Bando de baba ovo.
PAULO
2021-05-25 14:13:42O TrateCov não foi alterado? Então todo o output absurdo que o aplicativo fornecia, estava no código-fonte. Meu Deus!
PAULO
2021-05-25 13:27:04O senador Marcos Rogério fala, fala e não fala nada. Nenhuma colocação que esse senador faz tem embasamento. O argumento dele é abstrato. Às mortes por covid é real. Ele e o DEM vão pagar nas urnas, a hipocrisia. Ele ouviu falar de algo. Não apresenta fatos, e nem a secretária também tem esses números.
PAULO
2021-05-25 13:19:48O senador Marcos Rogério mais uma vez age com desonestidade intelectual? Agora coloca uma questão semântica em discussão. Tratamento precoce com medicamentos COMPROVADAMENTE INEFICAZES, com atendimento precoce.