Schwarzenegger flopa no streaming, que consagra Stallone
Enquanto Sylvester Stallone segue firme em Tulsa King, Schwarzenegger vai encontrar uma série de sucesso para chamar de sua no streaming?

A segunda temporada de FUBAR, série estrelada por Arnold Schwarzenegger na Netflix, estreou em junho de 2025, cercada de expectativa, que virou frustração
A primeira temporada, lançada dois anos antes, havia sido um sucesso de audiência, ainda que a história não fosse lá muito bem amarrada, parecendo uma versão com menos recursos e rala do seu antigo sucesso no cinema, True Lies.
Só que os novos episódios dessa segunda temporada decepcionaram ainda mais na qualidade da entrega e, por consequência, em números: a audiência na primeira semana caiu cerca de 80% em relação à estreia anterior.
Segundo dados de monitoramento das plataformas de streaming, a segunda temporada registrou pouco mais de 2 milhões de visualizações nos primeiros dias após o lançamento, uma queda expressiva em comparação aos mais de 11 milhões obtidos na primeira temporada, que ainda movia pela curiosidade de ver Arnold no formato recorrente de TV.
Apesar da volta do icônico Schwarzenegger e da adição de nomes de peso como Carrie‑Anne Moss, de Matrix, o público aparentemente não demonstrou o mesmo entusiasmo, talvez por já terem se decepcionado da última vez.
A Nota do site de avaliações de cinema e TV Rotten Tomatoes foi baixa, 47%, abaixo dos já não impressionantes 50% da primeira.
Especialistas apontam que a queda de audiência pode estar relacionada ao longo intervalo entre as temporadas, à concorrência com outras produções de destaque lançadas simultaneamente, e ao desgaste do próprio formato da série, que mistura cenas de ação mequetrefes com humor sem graça, onde ficamos sempre esperando alguma boa sacada do roteiro, seja na ação ou no humor, que penosamente nunca chega.
Arnold Schwarzenegger e Carrie‑Anne Moss até se esforçam, mas é tudo muito fraquinho, inverossímil ao extremo, com o elenco de apoio sobrando, com a dupla de ex-maridos claramente sem função, zanzando avulsos na história como aquelas bolas de feno dos antigos filmes de faroeste, algo que pelo encaminhar do último capítulo, os próprios roteiristas perceberam.
O futuro da série ainda não foi decidido oficialmente pela Netflix. Até o momento, não há confirmação sobre uma eventual terceira temporada. Só que a plataforma costuma levar em conta o desempenho nas primeiras semanas, além de métricas como engajamento contínuo, tempo de exibição por episódio e repercussão nas redes sociais, antes de tomar decisões de renovação, o que não deve fazer favores à série.
Nos bastidores, comenta-se que uma possível terceira temporada poderia explorar novos rumos para a personagem Tina, cuja história foi deixada em aberto. Porém, diante da queda drástica de audiência, muitos analistas veem a renovação como improvável.
Iria dizer agora que minha sensação é que a série já deu o que tinha que dar, mas, na verdade, isso nunca ocorreu, pois entregou muito pouco desde o começo. Se depender apenas da resposta inicial da audiência, FUBAR pode ter encerrado sua missão.
É um grande contraste esse ocaso televisivo de um dos maiores astros de ação de Hollywood dos anos 80 e 90 quando comparamos o resultado do seu antigo arquirrival Sylvester Stallone, que vai muito bem, tanto em termos de audiência como críticas com seu Tulsa King. Stallone, melhor ator que Schwarzenegger, entrega com grande habilidade a interpretação de um mafioso carismático e deslocado, longe de casa, enfrentando o contraste entre Nova York, sua cidade natal e Tulsa, para onde foi proscrito, mas se reergue.
Tulsa King se tornou um dos maiores acertos da televisão recente. A segunda temporada foi um verdadeiro fenômeno de audiência, quebrando recordes da plataforma Paramount+ com milhões de visualizações logo na primeira semana.
A repercussão da série nas redes sociais também foi muito grande, com altos índices de engajamento e uma presença digital que superou em muito a temporada anterior, que já havia sido muito bem sucedida.
A crítica especializada acompanhou esse entusiasmo: a série alcançou 100% de aprovação em no Rotten Tomatoes, consolidando sua reputação como uma das produções mais consistentes do universo criado por Taylor Sheridan.
Agora finalizadas as gravações da terceira temporada, Tulsa King se prepara para entregar sua trama mais ambiciosa até aqui. O elenco foi reforçado com nomes de peso como Samuel L. Jackson, Bella Heathcote, Kevin Pollak e Robert Patrick, antigo nêmesis de Schwarzenegger em Exterminador do Futuro 2.
A nova temporada promete aprofundar os conflitos entre máfia, negócios e justiça, como indicou o último capítulo disponível, enquanto expande o universo da série com possíveis conexões para um spin-off futuro (com Samuel L. Jackson à frente).
Isso mostra como Sly escolheu muito melhor que Arnold, onde apostar, nem tanto pela questão financeira, uma vez que aos 79 anos ambos já estão com suas finanças muito bem encaminhadas, mas pelo ponto de vista artístico e de valor cinematográfico para suas carreiras.
Só por curiosidade, segundo se comenta, Stallone teria embolsado 1 milhão de dólares por cada um dos 9 episódios gravados na primeira temporada e 1,5 milhão por cada um dos 10 da segunda temporada, número que, ainda segundo sites especializados, teria chegado a 2 milhões para essa terceira temporada.
Arnold, por sua vez, teria recebido 25 milhões de dólares pelos 16 capítulos das duas temporadas na Netflix. Enquanto Sylvester Stallone segue firme em Tulsa King, sobre a qual já se fala abertamente de uma quarta temporada e participando de alguns filmes de menor visibilidade.
Arnold Schwarzenegger acabou de gravar o filme “The Man with the Bag”, aventura natalina da Amazon MGM Studios para o Prime Video, onde interpreta um Papai Noel que pede ajuda a um ladrão reformado vivido por Alan Ritchson, de Reacher. E depois disso, vai encontrar uma série de sucesso para chamar de sua?
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