Russos usaram drones com "intenção de matar civis" ucranianos
Human Rights Watch revelou ataques estratégicos contra regiões civis de Kherson

A ONG Human Rights documentou ao menos 45 ataques com drones realizados pela ditadura russa contra civis entre junho a dezembro de 2024, na cidade de Kherson, na Ucrânia.
De acordo com o Comitê Executivo do Conselho Municipal de Kherson, entre maio e dezembro, 30 pessoas morreram e quase 500 ficaram feridas em decorrência desses ataques.
Segundo a Human Rights, os operadores russos utilizam drones com câmeras de vídeos de alta resolução para rastrear os alvos, o que deixa "poupa dúvida de que a intenção é matar, mutilar e aterrorizar civis".
A organização também destacou que o exército russo empregou drones quadricópteros fabricados por empresas chinesas e uma entidade russa.
Lula com Putin
Em maio, o presidente Lula (PT) esteve com Putin nas comemorações do Dia da Vitória.
A viagem do petista foi criticada por César Muñoz, diretor da Human Rights Watch no Brasil.
"Há três semanas, o presidente Lula esteve lado a lado com o presidente Putin assistindo a um desfile das forças armadas em Moscou, as mesmas forças que utilizaram drones para, de maneira intencional, ferir e matar civis na Ucrânia, em ataques que constituem graves violações das leis da guerra. Em vez de ficar ao lado de Putin, o governo deveria condenar os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade russos na Ucrânia e apoiar ativamente os esforços para garantir a responsabilização por esses crimes", disse.
Lula usou até a fita de São Jorge na lapela de seu terno para se reunir com o ditador russo em Moscou.
O item, proibido em alguns países, virou um símbolo da invasão russa à Ucrânia.
Há 80 anos, a fita de São Jorge era usada em apoio às tropas soviéticas que derrotaram a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
Crianças mortas
Um relatório da Comissão de Direitos Humanos da ONU apontou que o número de civis mortos na guerra da Ucrânia aumentou 23% em abril, em comparação ao mês anterior.
Ao todo, 209 civis foram mortos e 1.446 ficaram feridos.
Dentre elas, 19 crianças morreram e 78 sofreram lesões.
Esse foi o maior número de mortes civis registrado em um único mês desde junho de 2022.
O mês de abril superou o total combinado dos quatro meses anteriores, sendo o mais letal para civis desde o ano passado.
Na comparação com o mesmo período de 2024, o número subiu 84%.
"A grande maioria das vítimas civis (97%) ocorreu em território controlado pela Ucrânia", diz trecho do documento.
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