Rússia recomenda que seus cidadãos deixem a Síria
Irã enviará tropas para Homs, cidade crucial para o futuro do regime de Bashar Al-Assad
Aliada do ditador Bashar al-Assad, a Rússia recomendou nesta sexta-feira, 6, a saída de todos os seus cidadãos que vivem na Síria em meio ao avanço dos terroristas do Tahrir al-Sahm (THS) à província de Homs.
"A Embaixada russa em Damasco lembra aos cidadãos, que vivem na Síria, sobre a possibilidade de deixarem o país usando voos comerciais através de voos comerciais de aeroportos abertos", diz parte do comunicado.
Homs fica a 40 km do sul de Hama, já sob controle do THS desde quinta-feira, 6, e serve como porta de entrada de Damasco, a capital do país.
Além da importância territorial, a ditadura de Assad tem duas refinarias de petróleo em Homs.
Tomar a cidade de Homs, então, significaria um isolamento de Damasco.
Na capital, a Rússia estabeleceu uma base aérea e naval para proteger o regime de Assad, que ficariam sob risco de invasão dos terroristas.
Irã e Hezbollah enviarão ajuda?
As forças iranianas prometeram enviar mísseis, drones e militares para o contra-ataque de Assad em Homs.
O aparato militar, contudo, deve ser reduzido já que a teocracia xiita emprega suas forças na frente contra Israel.
Para o Irã, uma derrota de Assad significaria perder sua influência junto aos muçulmanos alauítas na Síria.
Também enfraquecido, o Hezbollah enviou um pequeno número de "forças de supervisão" do Líbano para a Síria, segundo a Reuters.
O grupo libanês, um dos responsáveis por manter Assad no poder em 2016, teve 4 mil terroristas mortos na frente contra Israel.
O secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi eliminado pelas Forças de Defesa de Israel.
Leia também: "Crusoé: Terroristas islâmicos estão a duas horas de carro de Damasco"
A ofensiva do HTS
Uma insurgência do grupo jihadista Tahrir al-Sham (HTS), ex-braço da Al-Qaeda, contra a ditadura de Bashar al-Assad, na Síria, bagunçou o tabuleiro geopolítico de uma guerra civil que se considerava terminada em 2016, mas que agora parece interminável.
As forças terroristas já capturaram mais de oitenta cidades.
Entre elas, Aleppo, a segunda maior, e Hama, a terceira.
Os rebeldes também controlam a maior parte da província de Idlib, no noroeste.
Agora, o objetivo do HTS é tomar a capital Damasco.
Para isso, antes, travarão uma batalha em Homs.
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