Rússia promete retomar ataques a instalações energéticas
Mesmo durante cessar-fogo, o ditador Vladimir Putin seguiu com ações militares, que são consideradas como crimes de guerra

O porta-voz da ditadura russa, Dmitry Peskov, anunciou nesta sexta, 18, que seu país voltará a atacar as instalações energéticas na Ucrânia (foto).
"O mês realmente expirou. No momento, não houve mais instruções do comandante supremo, o presidente [Vladimir] Putin", disse Peskov, em sua coletiva de imprensa diária.
Quando diz que "o mês expirou", Peskov se refere ao que foi combinado com os Estados Unidos, em 18 de março, de um cessar-fogo parcial, durante o qual as instalações energéticas da Rússia e da Ucrânia seriam poupadas.
Mas instalações energéticas não são consideradas alvos militares, mas civis.
Ao admitir que está alvejando instalações energéticas, o Kremlin admite crimes de guerra.
Sobrevivência da população civil
No final do ano passado, um comunicado da Anistia Internacional criticou os ataques russos às usinas e instalações ucranianas.
“A devastação causada por este e por ataques anteriores torna evidente que a Rússia busca destruir a infraestrutura energética da Ucrânia em condições de congelamento. Esses ataques coordenados estão paralisando sistematicamente a infraestrutura energética da Ucrânia, privando os civis de eletricidade, aquecimento e água com a chegada do inverno. Atacar deliberadamente objetos civis e destruir infraestruturas indispensáveis à sobrevivência da população civil são crimes de guerra", afirmou Marie Struthers, Diretora da Anistia Internacional para a Europa Oriental e Ásia Central.
“As ações da Rússia parecem claramente planejadas para infligir sofrimento à população civil, criando condições de risco de vida. Isso afetará particularmente grupos vulneráveis, incluindo crianças, idosos, pacientes de hospitais e muitos outros", disse Marie.
Violações constantes
Mesmo após o anúncio de um cessar-fogo parcial, a Rússia seguiu atacando as instalações energéticas na Ucrânia, como denunciou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Segundo o governo ucraniano, a Rússia violou esse acordo mais de trinta vezes.
“Enviamos regularmente informações detalhadas sobre cada uma dessas violações aos países parceiros e às sedes de organizações internacionais”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Heorhii Tykhyi.
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Comentários (1)
F-35- Hellfire
2025-04-18 11:10:52Por que será que Trump, líder da maior democracia do nosso planeta, se rebaixa como um capacho e prestigia Putin?