Rússia constrói fábrica de munições para fuzis Kalashnikov na Venezuela
Ditadura de Vladimir Putin fortalece presença em território venezuelano e permitirá produção anual de até 70 milhões de cartuchos

A empresa estatal de tecnologia russa Rostec construiu uma fábrica na Venezuela para a produção de munição destinada a fuzis de assalto Kalashnikov.
"A empresa produzirá até 70 milhões de cartuchos anualmente e aumentará significativamente o potencial de defesa do país ao fornecer à Venezuela munição produzida internamente", diz trecho do comunicado.
A estrutura foi construída pela Rosoboronexport ,agência estatal responsável pelas exportações do complexo militar-industrial russo.
Com a instalação, os venezuelanos poderão produzir cartuchos de 7,62 mm para rifles de assalto Kalashnikov.
Esse tipo de armamento é usado pelas forças do regime chavista e milícias auxiliares.
O complexo inclui estruturas auxiliares, que contará com campos de tiro e armazéns.
“Outras unidades de produção estão planejadas para serem inauguradas em breve , o que garantirá um ciclo completo de produção de munição e rifles de assalto Kalashnikov para o exército venezuelano , a polícia e outras agências de segurança pública”, afirma Oleg Yevtushenko, funcionário da Rostec.
Maduro e os fuzis
Em janeiro, três dias antes da posse ilegítima de Nicolás Maduro, o regime chavista distribuiu rifles de assalto russos a membros da “Milícia Bolivariana”, um grupo extraoficial ligado às Forças Armadas.
Durante um evento no palácio presidencial de Miraflores, foram entregues fuzis Kalashnikov, de fabricação russa;
O reforço militar ocorreu em meio à pressão sobre a ditadura de Maduro.
A iniciativa foi tomada pela oposição como uma tentativa de intimidação.
Parceira antiga
A cooperação militar entre as ditaduras teve início no regime de Hugo Chávez, com vendas de armas e sistemas de defesa avançados.
O acordo incluía assistência técnica, formação de pessoal e instalação de centros de manutenção e produção local.
O modelo de cooperação foi financiado em grande parte com créditos russos, totalizando entre US$ 2 e 4 bilhões, permitindo a compra de tanques, subs, defesas antiaéreas e aviões.
Ambos os países estão sancionados por países ocidentais.
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