Rosa prorroga investigação sobre 'venda' de apoio de Ciro Nogueira a Dilma
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, deu mais 30 dias para a Polícia Federal concluir o inquérito que investiga se Ciro Nogueira, hoje ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, recebeu propina da J&F, a holding da JBS, em troca do apoio do Progressistas à chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer...
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, deu mais 30 dias para a Polícia Federal concluir o inquérito que investiga se Ciro Nogueira, hoje ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, recebeu propina da J&F, a holding da JBS, em troca do apoio do Progressistas à chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer nas eleições presidenciais de 2014, além de, menos de dois anos depois, trabalhar para adiar a reunião do partido que fecharia posição favorável ao impeachment da petista.
Rosa atendeu um pedido da PF, referendado pela Procuradoria-Geral da República. Na petição, os investigadores argumentaram que a tomada de depoimento de Ciro ainda estava pendente, assim como a finalização do relatório final. "No caso, a diligência requerida mostra-se pertinente ao objeto da investigação, proporcional sob o ângulo da adequação, razoável sob a perspectiva dos bens jurídicos envolvidos e útil quanto à possível descoberta de novos elementos que permitam a conclusão das apurações", anotou Rosa, ao autorizar a prorrogação da investigação, na quinta-feira, 9.
Em princípio, a oitiva de Ciro estava agendada para 29 de novembro. Procurado por Crusoé, o advogado do ministro, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, explicou que, naquele dia, a audiência chegou a ser aberta, mas os investigadores questionaram o ministro sobre um relatório ao qual a defesa não havia tido acesso sobre materiais obtidos a partir de busca e apreensão. Kakay, então, pediu tempo para avaliar a documentação, e a PF o atendeu. O advogado acrescentou que a oitiva foi retomada e concluída na semana passada.
Em delação premiada, o ex-diretor da J&F Ricardo Saud declarou que, a pedido do PT, a empresa realizou pagamentos para "comprar o apoio" do Progressistas. Segundo o ex-executivo, os repasses iniciais foram acertados em 20 milhões de reais, mas, ao final das negociações, Ciro embolsou em nome do partido cerca de 42 milhões de reais.
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Comentários (2)
Maria
2021-12-10 13:44:56MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Globolixo
2021-12-10 11:39:52O cara e oportunista! Antes a imprensa nem falava dele, agora q e bolso.22 ficar neste blá,bla! Revistinha ruim!