Rosa Weber manda para a Justiça Federal notícia-crime contra Decotelli
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, mandou para a Justiça Federal do Distrito Federal uma notícia-crime em que um advogado pede que Carlos Decotelli (foto) seja denunciado pelo crime de falsidade ideológica. A magistrada seguiu parecer do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques. No documento, ele argumenta que Decotelli não tem foro privilegiado e,...
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, mandou para a Justiça Federal do Distrito Federal uma notícia-crime em que um advogado pede que Carlos Decotelli (foto) seja denunciado pelo crime de falsidade ideológica.
A magistrada seguiu parecer do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques. No documento, ele argumenta que Decotelli não tem foro privilegiado e, por isso, a notícia-crime não deve ser analisada pela Suprema Corte.
Ressaltou, entretanto, que o caso é de interesse da União e, assim, deve ser conduzido na Justiça Federal. "A falsidade noticiada ocorreu, em tese, com o intuito de exercer o cargo de Ministro de Estado, estando claro, portanto, o interesse da União", diz o parecer.
Decotelli esteve no centro de uma polêmica devido a inconsistências em seu currículo há três meses, quando foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Educação. Àquela época, a Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, por exemplo, informou que ele concluiu os créditos, mas não defendeu sua tese e, portanto, não tem título de doutor. Dias depois, o professor admitiu a incongruência.
Depois, um novo desmentido: a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, afirmou que o economista não fez pós-doutorado na instituição. Somaram-se a essas falsas declarações questionamentos sobre possível plágio em sua dissertação de mestrado.
Em meio ao imbróglio, Jair Bolsonaro “tornou sem efeito” o decreto que nomeou Carlos Decotelli como ministro. Com isso, os cinco dias em que ele permaneceu à frente da pasta como sucessor de Abraham Weintraub deixam de contar, para fins legais, como exercício do cargo de titular do MEC.
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Comentários (10)
FRANCISCO
2020-09-23 15:26:58Cadeia para turma do Bozotrump!
FRANCISCO
2020-09-23 10:37:09Isso que dá mentir.
Antonio
2020-09-23 09:08:59Quero ver agora as entidades e defensores da igualdade racial, se manifestarem por perseguição racista!!! Mas, como foi indicado pelo Bolsonaro, vão ficar todos na miúda! Duplo padrão descarado!
Claudenor
2020-09-23 07:57:03Acho que o MINTO deveria ser processado tb por estelionato eleitoral! As mentiras desse ex quase ministro são uma fichinha perto das mentiras do MINTO durante e após a eleição. Aliás, acho que a própria mentira está com vergonha de como o MINTO é descarado!
Lilian
2020-09-23 03:12:22País podre, não conseguem nem assumir a própria mediocridade...
Nilson
2020-09-22 17:31:58Que engraçado o cara deu um upgrade no curriculo pra dar mais status e vão puni-lo por este pequeno deslize??? Enquanto isto os pilantras Gedéis da vida metem a mão em milhões de reais dos cofres públicos e mesmo condenados são premiados com prisão domiciliar. A balança desta nossa justiça precisa ser recalibrada pra que continue a ter o simbolismo que se propõe.
Lala
2020-09-22 16:19:06Qual terá sido o critério presidencial pra indicação do ministro, o que atuou no drama "A volta dos que não foram?" Tem gente que continua apostando no "terrivelmente evangélico". O governo vai continuar se expondo a esses vexames.
César
2020-09-22 15:49:02Que importância tem esse fato. Pior é a FGV que omitiu Informacoes. Contra eles silêncio absoluto?
José
2020-09-22 14:56:59Só falta mandar prender ou andar com tornozeleira , mas e o lullaladrao quando volta pra prisão ministra?
Juarez
2020-09-22 14:48:35Correto não se pode dizer ou afirmar uma especialização que não tem. Espero que a corte saiba punilo conforme o merecido e aproveite o tema para colocar em pauta juízes que não são juízes porém compõe a nobre corte.