Renan admite encurtar a CPI e fala em enquadrar Bolsonaro por crime de responsabilidade
Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (foto) admitiu que avalia encurtar as investigações, com a apresentação do relatório final antes de 5 de novembro, data-limite para o funcionamento da comissão. O emedebista, no entanto, não antecipou quando deve entregar o documento, que pedirá o indiciamento de dezenas de autoridades, empresários e políticos,...
Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (foto) admitiu que avalia encurtar as investigações, com a apresentação do relatório final antes de 5 de novembro, data-limite para o funcionamento da comissão. O emedebista, no entanto, não antecipou quando deve entregar o documento, que pedirá o indiciamento de dezenas de autoridades, empresários e políticos, incluindo Jair Bolsonaro.
O senador falou sobre o futuro do colegiado durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. "Quando nós conseguimos mais 90 dias de prorrogação da CPI, dissemos o seguinte: 'Se possível, não vamos usar esse prazo todo. Vamos trabalhar, aprofundar a investigação, fazer o que for necessário para, na medida do possível, antecipar a apresentação do relatório final'. Eu espero que nós tenhamos condições de fazer isso, mas a investigação que verificamos até aqui nos surpreende a cada semana, a cada dia e coloca fatos novos para que sejam investigados", disse. "No que depender da CPI, do relator, vamos tentar encurtar, sim, mas nós não sabemos verdadeiramente se isso será possível", completou.
Renan Calheiros acrescentou que, durante a sabatina do indicado pelo presidente da República para o comando do Ministério Público Federal, manifestará a "expectativa de que a Procuradoria-Geral da República esteja à altura da circunstância que o Brasil vive".
À PGR, caberá a avaliação do relatório final de Renan e a denúncia dos envolvidos ou arquivamento dos autos, no prazo de 60 dias. Em julho, Bolsonaro reconduziu Augusto Aras ao cargo, mas a efetiva nomeação depende do aval do Senado.
O senador antecipou que pretende enquadrar o presidente pela suposta prática de crime de responsabilidade e de prevaricação. Renan Calheiros fez menção ao escândalo Covaxin, lembrando que Bolsonaro foi alertado pelo deputado Luis Miranda e pelo seu irmão e chefe da Divisão de Importação do Ministério da Saúde, Luis Ricardo, em 20 de março, sobre indícios de corrupção na compra da vacina indiana, mas nada fez.
"A perspectiva é que, no caso do presidente da República, no andamento da investigação, ele seja enquadrado em crime de responsabilidade. Ele e outros agentes públicos. Eu parto do pressuposto de que já há uma comprovação do crime de prevaricação. Ele próprio reconheceu que recebeu os irmãos Miranda e até hoje não desfez as colocações que tinha feito por ocasião desta conversa, responsabilizando o líder do governo na Câmara. De modo que, com relação a esta prevaricação, não há nenhuma dúvida. Nós estamos avançando na investigação para recolher as suas digitais na própria negociação da Covaxin, que era a única vacina que Bolsonaro queria", afirmou Renan.
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Comentários (7)
Roberto
2021-08-10 08:24:36Se o senado aprovar o Aras, essa CPI vai dar em nada.
Alexandre
2021-08-10 07:37:00Renan calheiros falando em enquadrar ... só pode ser piada o vagabundo ladrão com 17 processos no STF dando uma de xerife ..esse país ta precisando pegar fogo..
Wanderlei
2021-08-10 06:31:21Suas excrescências devem de trabalhar com seriedade e fazer menos circo.
Odete6
2021-08-10 06:27:45Enquadra SIM. Total. Por múltiplos crimes e de responsabilidade geral. O GENOCÍDIO é o mais hediondo e foi cometido por perversas vias diversas. Mas a capivara é extensa.
Luiz
2021-08-09 23:25:46Renan? À justiça divina não falha.
Marcia
2021-08-09 23:05:38Adorei o Rodrigo questionando o Renan!!!Sem intimidar-se
Jose
2021-08-09 22:53:08Cadeia para o Bozogenocida e para todos os que seguem o psicopata. Esta turma é composta de traidores da pátria e serial killers. Dispersaram o vírus para maltratar a população brasileira. Tudo muito bem documentado.