"Reformas estruturais vão voltar para a mesa", promete Haddad
Ministro da Fazenda falou sobre alternativas ao aumento do IOF, que o Congresso Nacional já informou ao governo Lula que vai derrubar

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), prometeu nesta segunda-feira, 2, que "as reformas estruturais vão voltar para a mesa", na tentativa de aplacar a crise desencadeada pelo aumento em alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Os líderes do Congresso Nacional já deixaram claro que o aumento do IOF será derrubado, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) informou que aguarda do governo Lula alternativas à elevação do imposto.
"Em primeiro lugar, tenho conversado muito tanto com o deputado Hugo Motta quanto com o Davi Albolumbre, presidente do Senado. O que nós acertamos fazer? Nós acertamos fazer duas coisas. Primeiro, corrigir outras distorções do sistema financeiro, para abrir espaço para a calibragem do decreto do IOF. Então, se houver qualquer calibragem, vai ser no âmbito de uma expansão da correção dos desequilíbrios existentes hoje nos tributos que dizem respeito às finanças", disse Haddad a jornalistas na entrada no Ministério da Fazenda.
Questionado sobre em que tributos o governo pretende mexer, Haddad disse que não iria adiantar "porque nós vamos apresentar para eles [Motta e Alcolumbre] as possibilidades que nós temos em mãos e isso tudo gera muita especulação desnecessária". "Quando nós anunciarmos, vai ser uma coisa já pactuada", completou.
Reformas estruturais
Segunda coisa que nós combinamos: colocar qualquer alteração no âmbito de reformas estruturais. Ou seja, as reformas estruturais vão voltar para a mesa, porque senão o que que vai acontecer? Todo ano nós vamos ter que fazer ajustes pontuais para preparar a peça orçamentária do ano seguinte. Isso não é bom. Imagina, todo ano você ter que fazer o que nós tivemos que fazer o ano passado, no final do ano passado, para fechar o Orçamento de 2025", disse o ministro.
"Então, o que eu conversei com o presidente Lula e com os dois presidentes das duas casas é o seguinte: 'Olha, eu tenho duas alternativas. Uma é, com uma medida regulatória, resolver um problema de forma paliativa, para cumprir as metas do ano. A outra, que interessa mais à Fazenda, é fazer voltar para as reformas estruturais, que nós conseguimos fazer sobretudo no primeiro ano [de governo], em 2023", seguiu Haddad.
"Várias reformas estruturais foram feitas, nós ganhamos nota com as agências de risco, ganhamos prestígio, os investimentos voltaram. Quando você faz uma coisa mais estrutural, você passa mais confiança de que aquilo tem uma estabilidade no tempo, de que você, no ano seguinte, não vai ter que voltar para a prancheta para resolver um problema pontual", finalizou.
Leia mais: Foi Lula que deixou a máquina pública em situação delicada
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Comentários (1)
Joaquim Arino Durán
2025-06-02 11:32:40Arcabouço o que era douço